Clique e Assine CLAUDIA por R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

Luislinda Valois é nomeada Ministra dos Direitos Humanos

Embaixadora da ONU e vencedora do Prêmio CLAUDIA, ela é a primeira juíza negra do Brasil

Por Da Redação
Atualizado em 3 fev 2017, 17h09 - Publicado em 3 fev 2017, 15h51
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A desembargadora Luislinda Valois, 75 anos, tomou posse na manhã de hoje como Ministra dos Direitos Humanos. A pasta, criada pela ex-presidente Dilma Rousseff em 2015, havia sido extinta por Michel Temer, quando ele ainda estava no cargo como interino, e transformada em Secretaria Especial.

    Valois (PSDB-BA) é a atual secretária de Promoção da Igualdade Racial do Ministério da Justiça. Aos 9 anos, a menina negra, de origem humilde, ouviu de um professor: “Se você não tem dinheiro para comprar o material escolar, pare de estudar e vá cozinhar feijoada na casa de branco”. Luislinda Valois deixou a sala de aula chorando, envergonhada. Valente, tomou coragem e retornou: “Não vou parar. Vou estudar para ser juíza e prender o senhor”. O trauma infantil despertou o furor, que fez dessa soteropolitana, uma profissional ávida por justiça.

    Primeira juíza negra e primeira profissional da área a proferir uma sentença contra o racismo no Brasil, Luislinda trabalhou no interior baiano até ser promovida, em 1993, para Salvador. Combater o racismo dentro e fora da magistratura e tornar a Justiça acessível a todos são seus desafios constantes.

    Leia também: Quem são as mulheres que estão entrando no novo Governo Temer

    Ela reativou dezenas de Juizados Especiais em municípios da Bahia e criou e instalou a Justiça Itinerante, sala de audiência dentro de um ônibus que atende os bairros carentes de Salvador e Feira de Santana. Coordenou ainda o Balcão de Justiça e Cidadania e levou a lei às comunidades quilombolas e aos índios. O Programa Justiça, Escola e Cidadania, idealizado por ela, atingiu mais de 5 mil estudantes.

    Continua após a publicidade

    Em 2010, ganhou o Prêmio CLAUDIA na categoria Políticas Públicas. Em dezembro de 2011, em sessão plenária extraordinária do Tribunal de Justiça, foi promovida, pelo critério de antiguidade, como desembargadora.

    Leia também: “A estrutura sexista do sistema eleitoral do Brasil não foi desmontada, diz Nadine Gasman, da ONU Mulheres

    Em 2012, aposentada, Luislinda tomou posse na Academia de Letras José de Alencar, em Curitiba, no Paraná. No mesmo ano, recebeu o título de embaixadora da paz da Organização das Nações Unidas (ONU).

    “A participação das mulheres nos espaços de Poder é fundamental para que sejam realizadas transformações concretas em nosso país, com políticas públicas e iniciativas privadas que reflitam a diversidade e a igualdade de gênero e de raça. Somos um país com maioria de mulheres e maioria de negros. Nossos espaços de decisão precisam refletir isso”, disse a CLAUDIA, em agosto do ano passado, na série de reportagens “Mulheres na Política“. Leia na íntegra aqui.

    Publicidade

    Publicidade

    Essa é uma matéria fechada para assinantes.
    Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

    Domine o fato. Confie na fonte.
    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    Impressa + Digital no App
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital no App

    Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!

    Receba mensalmente Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições
    digitais e acervos nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.

    a partir de 14,90/mês

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.