Sim, senhor! Sou descontrolada quando o assunto é o machismo. Vão dizer que estou barbarizando, avermelhada de raiva, mas depois que aquele político meteu a mão nos peitos daquela parlamentar, ando virada com o povo de Brasília.
Agora esse Rosário esqueceu o catecismo da educação e ao ser chamado de moleque, invocou a loucura da senadora. Vossa Excelência é o cacete e quero ver esses Pinóquios a serviço da pátria esquecidos por aí. Tem melhor vingança do que alijar essa gentalha dos holofotes?
Cortar salários, auxílios, mesadas, rachadinhas e todo o tipo de caixinha que se presenteiam, num banquete macabro de vergonhas cívicas? Estamos num Brasil apequenado. No passado, políticos-raposas também não tinham muito escrúpulo mas tinham verve, fleuma, voz.
Agora estamos diante de uns “analfas” cheios de si, gente que mostra o dedo do meio, gente que ostenta porras-merdas e linguajares ainda piores em reuniões de estado. Eu ando num bode. E temos duas opções. Fazermos o avestruz ou a corvo. O primeiro enfia a cabeça na terra e faz a egípcia. O segundo atua como eles, num efeito manada.
Então qual a terceira via? Aliás só pensamos nisso. Qual seria a opção do desempate? E nessa de chamar as mulheres de histéricas, loucas, malucas, descontroladas – há uma reafirmação na opressão masculina que sempre desdenha de nossas dores. Quando temos o protagonismo, o poder, a fala, a ira positiva viramos um prato cheio para a esculhambação.
O que eu desejo para o nosso Brasil é que estejamos em todos os setores. Já somos a maioria nas empresas. Resta dominarmos o planalto. Quero mais e mais mulheres nas cabeças. Loucos ficarão eles. Porque o controle teremos nós. Avante!