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Como lidar com a demissão do trabalho?

Desligamentos acontecem com mais frequência durante cortes de gastos ou reestruturação da equipe; entenda como superar

Por Lorraine Moreira
23 dez 2023, 07h18
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  • A demissão é tão parte da vida adulta quanto os boletos à pagar ou a louça na pia, e nem por isso se torna fácil. Depois de meses (ou anos) de trabalho, criação de vínculos e muito esforço, a notícia do desligamento provoca medo, sentimento de rejeição e gatilhos para ansiedade e autocrítica. Saber como lidar com ela, porém, faz diferença.

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    Términos são difíceis. O fim de um vínculo amoroso, por exemplo, traz à tona insegurança, tristeza e saudade. Mas a perda de um emprego pode ser ainda mais avassaladora, segundo estudo da Universidade de East Anglia e do What Works Center for Wellbeing.

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    Após uma separação amorosa, os índices de saúde mental, autoestima e contentamento com a vida demoram entre dois e quatro anos para voltar ao normal. Na demissão, entretanto, os indicadores permanecem em queda depois desse período. Em ambas situações, as pessoas costumam sentir que foram traídas.

    Demissão x sentimento de rejeição

    Além da sensação de traição, a demissão desencadeia outra emoção desafiadora: a rejeição. Os humanos são seres sociais e sentem um sinal de inadequação ao serem excluídos de algum grupo.

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    “O trabalho é um dos indicadores de sucesso mais usados pela maioria dos adultos. Ao perdê-lo, por meio de uma demissão, é como se todos aqueles planos fossem retirados dessas pessoas, o que pode levar ao questionamento sobre suas próprias habilidades”, explica a psicóloga do trabalho Tauana Martins.

    Quando a demissão é motivada por um corte amplo de pessoas para conter gastos, os questionamentos se mantêm. “Por que eu e não a pessoa do lado?” costumam pensar.

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    Mulher triste no escritório
    Sentimento de fracasso e traição aparecem entre pessoas que são demitidas (Andrea Piacquadio/Pexels)

    “O trabalho vai muito além de um meio de remuneração, é o lugar em que os profissionais podem expressar suas habilidades técnicas, se relacionar, aprender, conduzir projetos e estes resultados impactam na sua qualidade de vida e sensação de autovalor”, explica a psicóloga.

    Em caso de perda, ainda mais em situações em que houveram poucos retornos sobre o desempenho profissional não estar alcançando as expectativas da empresa e a pessoa é pega de surpresa, o processo de luto pode ser muito doloroso, de acordo com ela.

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    Como lidar com a demissão?

    Para seguir em frente, é preciso adotar algumas atitudes. O primeiro passo é aceitar o luto, o que significa dar espaço para as emoções que aparecem e entender a realidade e os motivos que levaram a ela.

    “A demissão é um ponto final de apenas um capítulo da sua história profissional, não da jornada inteira”, opina Tauane.

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    Para a especialista, algumas dicas práticas são: “relembrar as contribuições que fez a partir do seu trabalho na empresa, mapear os feedbacks positivos e negativos, organizar a mente durante alguns dias, se permitindo chorar ou experimentar aqueles sentimentos ‘ruins’, e iniciar um plano de ação para realizar a busca por recolocação de forma mais racional e organizada”.

    Ajuda profissional pode ser necessária

    “Se estiver se sentindo incapaz de se recolocar ou de lidar com essas emoções negativas causadas pelo desligamento, é importante buscar ajuda profissional para estabelecer estratégias de enfrentamento e se fortalecer para entrar no mercado de trabalho”, indica a psicóloga. 

    Como estar menos vulnerável à situação?

    Ninguém sabe quando a demissão vai acontecer, mas a verdade é que você pode ter menos medo dela ao tomar algumas atitudes antecipadamente.

    A dica da psicóloga é não firmar planos de vida considerando a permanência infinita em uma empresa, porque a vida, seus interesses e os desejos da companhia podem mudar.

    “Olhar para o mercado, entender as exigências que ele está fazendo e se manter atualizado é muito importante para que, caso a demissão ocorra, o sujeito não se sinta tão vulnerável na busca por um novo emprego”, finaliza Tauane.

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