O Brasil está de olho na nova indicação para o Supremo Tribunal Federal (STF). Com o anúncio da aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso, abre-se mais uma vaga no tribunal. A saída dele, após 12 anos de atuação na Corte, foi oficializada em 9 de outubro de 2025.Contudo, diversas entidades reivindicam que a nova vaga seja ocupada por uma mulher – lembrando que, atualmente, apenas a ministra Cármen Lúcia representa esse grupo no STF.Mulheres para ocupar o cargoAs organizações Fórum Justiça, Plataforma Justa e Themis – Gênero, Justiça e Direitos Humanos publicaram uma nota em que reúnem 13 nomes de mulheres qualificadas para o cargo. “Não é por falta de excelentes nomes de mulheres que a indicação deixará de ser feita, reduzindo a constrangedora e histórica desigualdade de gênero que marca a composição”, afirmaram.Alguns dos nomes citados são:Adriana Cruz – juíza e ex-secretária nacional do CNJDaniela Teixeira – ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ)Dora Cavalcanti – advogada e integrante do CDESSEdilene Lobo – ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)Flávia Carvalho – juíza auxiliar no STFKaren Luise – juíza e integrante do CNMPKenarik Boujikian – secretária nacional de Diálogos Sociais e Articulação de Políticas PúblicasLívia Sant’Anna Vaz – promotora de justiçaLivia Casseres – defensora pública, coordenadora-geral de justiça étnico-racial da SENADMaria Elizabeth Rocha – presidenta do Superior Tribunal Militar (STM)Mônica de Melo – defensora públicaSheila de Carvalho – secretária nacional de Acesso à JustiçaVera Lúcia Araújo – ministra substituta do TSEPrincipais cotadosApesar da mobilização em torno de mulheres, os bastidores apontam três nomes como favoritos para a indicação: Jorge Messias (advogado-geral da União), Rodrigo Pacheco (ex-presidente do Senado, PSD-MG) e Bruno Dantas (ministro do Tribunal de Contas da União, TCU).Como funciona o processoA indicação para o STF cabe ao presidente da República, que submete o nome ao Senado Federal para sabatina e aprovação. Com a aposentadoria antecipada de Barroso, oito anos antes da idade compulsória, essa será a terceira vaga aberta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o seu mandato.Por que a pressão por uma mulher?Embora o gênero não seja um critério formal para nomeação, especialistas e entidades do sistema de Justiça afirmam que a representatividade feminina no STF ainda é insuficiente e reflete desigualdades históricas. A mobilização por uma ministra busca corrigir essa lacuna e garantir pluralidade de perspectivas dentro da Corte.Como explica Ana Laura Barbosa, professora do curso de Direito da ESPM, a diversidade dentro do Supremo tem impacto direto na qualidade dos julgamentos. “Juízes que têm trajetórias e perfis semelhantes tenderão a ter posições jurídicas parecidas, o que empobrece a pluralidade dos argumentos do tribunal e, consequentemente, limita as justificativas de suas decisões”, observa. Para ela, a presença de mulheres no tribunal “amplia as possibilidades interpretativas e reforça a legitimidade das decisões perante a sociedade”.Assine a newsletter de CLAUDIAReceba seleções especiais de receitas, além das melhores dicas de amor & sexo. E o melhor: sem pagar nada. Inscreva-se abaixo para receber as nossas newsletters: Acompanhe o nosso WhatsAppQuer receber as últimas notícias, receitas e matérias incríveis de CLAUDIA direto no seu celular? É só se inscrever aqui, no nosso canal no WhatsApp. Acesse as notícias através de nosso app Com o aplicativo de CLAUDIA, disponível para iOS e Android, você confere as edições impressas na íntegra, e ainda ganha acesso ilimitado ao conteúdo dos apps de todos os títulos Abril, como Veja e Superinteressante.