Coca-Cola lança programa para impulsionar empreendedores da alimentação
"Coca-Cola dá um gás no seu negócio", em parceria com Sebrae e Abrasel, visa fortalecer negócios, com foco especial no empreendedorismo feminino
Na última terça-feira (2), a Coca-Cola realizou um evento para comemorar seus 80 anos no Brasil, e anunciar o lançamento do seu novo programa focado em pequenos empreendedores da área de alimentação. Com investimento de R$200 milhões e diversas frentes de atuação, o “Coca-Cola dá um gás no seu negócio”, em parceria com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e Sebrae, tem como objetivo alavancar um dos setores mais afetados pela pandemia de Covid-19 e pretende atingir mais de 300 mil famílias.
Através de uma plataforma online, pequenos empreendedores do varejo alimentício podem acessar conteúdos especialmente criados para aprimorar os negócios – que vão da precificação ao domínio das redes sociais e sistemas de entregas. “Entendemos a capacitação como um caminho sem volta, pois transforma a mentalidade de quem investe neste processo. Independente da motivação que impulsiona o empreendedor a abrir um negócio, buscar aprimoramento aumenta suas chances de sucesso. Ser movido apenas pela paixão ou pela experiência muitas vezes não é suficiente”, comenta o gerente adjunto de Competitividade do SEBRAE, Carlos Eduardo Pinto Santiago.
Todos os conteúdos foram criados com linguagem simples e focada em necessidades práticas – fáceis de compreender e aplicar. “Para isso só tinha um caminho: fazer juntos. Quando vimos o pequeno varejo sofrendo, entendemos que precisávamos de ajuda. Foi aí que trouxemos o Sebrae. Ainda assim, sentimos falta de adequar essa linguagem para algo que o empreendedor entenda no dia a dia dele, e foi aí que os embaixadores fizeram toda a diferença. Eles olharam o conteúdo que queríamos passar e deram uma adaptada, inclusive nas palavras, para que a pessoa não olhasse para a tela do conteúdo digital e desistisse”, explica Silmara Olívio, diretora de Relações Corporativas Cone Sul na Coca-Cola América Latina. Os embaixadores do projeto são Carmem Virgínia, chef do premiado Altar Cozinha Ancestral e jurada dos reality shows Cozinheiros em Ação e FFF Brasil, João Batista, apresentador do reality Mestre do Sabor, e Katia Barbosa, criadora do icônico bolinho de feijoada.
Uma das grandes dificuldades da pandemia é exatamente o forte da embaixadora Carmen: com a alta dos preços, ela mostra em suas redes sociais que é possível comer bem e com saúde adequando o cardápio – um ensinamento que também está no programa. “O cozinheiro não é só um chef de cozinha, ele foi feito para matar a fome. A sua grande missão na vida é fazer comida para quem tem fome. Minha avó sempre dizia ‘se eu não como, eu não vou dar’. Existem alimentos que matam a fome, mas não alimentam. O que alimenta? Nutrientes. Qual a diferença entre um prato de sardinha e um de salsicha? A sardinha alimenta, e a salsicha, que é até mais cara, não. Eu posso dar o melhor e o mais barato, alimentar e não só matar a fome. Eu voltei à história do que a minha avó fazia na merenda para montar o cardápio. A minha profissão me deu técnica, mas ela me deu repertório. Quando eu ensino comida de qualidade com menos dinheiro, é pensando nessa mãe, nessa minha vó, que se vira nos 30″, recorda.
Foco nas mulheres
O programa da Coca-Cola ainda tem duas iniciativas focadas especialmente nas mulheres, tanto as que já são empreendedoras, como as que desejam empreender. O “Empreenda como uma mulher” realiza uma mentoria para desenvolver negócios liderados por elas, e o “Meu negócio é meu país”, em parceria com SOLAR Coca-Cola e a marca Kuat, visa fortalecer esse empreendedorismo através de uma plataforma voltada para comidas regionais.
“O programa é muito inclusivo e você não precisa ter teste, custo e nem nada disso. Você faz a inscrição, as aulas e as tarefas, e vai ganhando pontos a cada missão. Quem acumular um número ‘x’ de pontos vai para a segunda etapa, que é participar das oficinas, e, depois dessa, aquelas que se sobressaírem terão até um aporte financeiro e uma assessoria direcionada ao seu negócio. Existem mais seis Estados que vamos lançar, Salvador ainda tem vagas, e novos grupos sairão. Está nos surpreendendo o quanto esse programa está crescendo no boca a boca. Mulheres têm muito de querer ver o coletivo crescer, uma ajudando a outra, e isso foi uma grata surpresa. Nós aprendemos com o Sebrae que grande parte dos negócios de empreendedoras faturam menos que os liderados por homens, e se é uma mulher negra, menos ainda – então a questão de aprender sobre precificação é muito importante”, conta Silmara.
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