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STF aprova criminalização da homofobia e transfobia

Só que, mais uma vez, Jair Bolsonaro se posicionou contra a vitória LGBT com argumentos religiosos.

Por Alice Arnoldi
Atualizado em 15 jan 2020, 14h54 - Publicado em 14 jun 2019, 09h38
Two women hold their hands during the Tokyo Rainbow Pride parade on the streets of Tokyo, Japan, 28 April 2019. People participated in the march, of sexual minorities of the LGBT (lesbian, gay, bisexual, and transgender) community and their supporters paraded through the streets of downtown Tokyo to promote a society free of prejudice and discrimination. (Photo by Alessandro Di Ciommo/NurPhoto via Getty Images) (NurPhoto / Contributor/Getty Images)
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Depois de seis longas sessões de julgamento, na última quinta-feira (13), o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou a criminalização da homotransfobia, isto é, do preconceito contra homossexuais (com as possíveis variantes) e transexuais.

Com oito votos a favor e três contra, o STF estabeleceu que a discriminação contra pessoas LGBTs será julgada a partir da lei brasileira sobre racismo, mas com especificidades relacionadas à orientação e/ou ao gênero do indivíduo.

De acordo com o acréscimo da lei, “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito” pelo fator da pessoa ser LGBT terá como possibilidade de pena três anos de retenção, além de multa. Agora, se o ato homofóbico for por meio dos meios de comunicação, a consequência pode ser de dois a cinco anos de prisão e multa.

A ideia é que a lei entre em vigor após uma semana da publicação da ata do julgamento e até o Congresso Nacional elaborar uma legislação específica para a criminalização pelo preconceito incitado pela orientação sexual e/ou gênero da pessoa.

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A votação do STF também decidiu que será considerado crime qualquer incitação ou indução de discriminação ou preconceito em templos religiosos, mas não o posicionamento aberto dentro desses lugares de ser contra as relações homoafetivas.

Segundo o Estadão, quem não está feliz com a decisão do STF é o atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. Como informa o Estadão, o governante misturou política e religião em um discurso feito na comemoração dos 108 anos da Assembleia de Deus, em Belém (PA). “O Estado é laico, mas somos cristãos. Respeitamos a maioria e minoria, mas o Brasil é um País cristão. Com todo respeito, o Supremo Tribunal Federal tipificou a homofobia como se racismo fosse. Será que não está na hora de um evangélico no Supremo?”, indagou o presidente. 

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