Clique e Assine CLAUDIA por R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

“Ou aceitava os óvulos de outra mulher, ou desistia de engravidar”

A leitora Laura* dividiu com CLAUDIA a experiência de aceitar a doação compartilhada para conseguir realizar o desejo de ser mãe

Por Isabella Marinelli
Atualizado em 27 out 2016, 20h53 - Publicado em 14 abr 2016, 19h31
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A leitora Laura* descobriu que não poderia engravidar com seus óvulos. A solução foi contar com uma doação de uma mulher mais jovem. Em troca, seguindo a resolução do Conselho Federal de Medicina, ajudou a financiar o tratamento de fertilização da sua doadora por meio da doação compartilhada. Em um depoimento a CLAUDIA, ela conta como foi o processo:

    Leia também:
    “Precisei doar meus óvulos para ser mãe”
    Doação compartilhada de óvulos: como funciona esse procedimento e outras dúvidas esclarecidas​

    “Esperei bastante para pensar no segundo filho. Planejei-o para quando chegasse aos 40 anos, acreditando que seria facílimo. Da primeira vez, decidi ter um bebê e, um mês depois, já estava grávida. Não contava com nenhum tipo de problema. Mas eu e meu marido tentávamos, os dias iam passando e nada acontecia.

    Depois de alguns meses de angústia, procuramos uma clínica. Feitos os exames iniciais, a médica identificou uma reserva ovariana muito baixa, com pouca qualidade, e outros hormônios aumentados. Soube pelos especialistas que seria muito difícil engravidar com os meus próprios óvulos. Foi um baque para mim.

    Perguntei à equipe se eu não poderia tentar estimular os ovários. Resolvemos ir por esse caminho antes de recorrer a uma outra mulher. Então, iniciou-se um processo sofrido, com injeções hormonais diárias. Infelizmente, meu organismo não respondeu à medicação.

    Continua após a publicidade

    Meu marido e eu tivemos que fazer uma opção: receber a doação ou desistir do projeto. Na minha cabeça, não era um problema ter em mim uma célula de outra pessoa. Penso, por exemplo, nos que precisam de transplantes. Recebem órgãos de terceiros e nem por isso deixam de ser quem são. 

    Confiei na equipe profissional e me submeti ao processo. Nós conseguimos quatro embriões e colocamos dois deles. Um não era para ser meu. O outro deu certo. Foi uma alegria muito grande. Tivemos sucesso de primeira, e eu sei que nem sempre isso acontece.

    Agora estou na décima semana de gestação e tudo caminha bem. Minha filha, de 10 anos, curte cada momento, depois de ter desejado tanto um irmão. Vejo o óvulo que recebi apenas como matéria. Ser mãe não tem a ver com a transmissão dos nossos genes, mas oferecer amor. Tem a ver com guiar esse ser pela vida até que ele possa caminhar com as próprias pernas. Eu nem lembro mais que houve uma doação. O que eu nutro, agora, é o meu filho.”

    *O nome verdadeiro foi alterado a pedido da personagem.

    Publicidade

    Publicidade

    Essa é uma matéria fechada para assinantes.
    Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

    Domine o fato. Confie na fonte.
    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    Impressa + Digital no App
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital no App

    Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!

    Receba mensalmente Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições
    digitais e acervos nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.

    a partir de 14,90/mês

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.