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O que Beyoncé poderia ter feito para evitar a briga de Solange e Jay Z?

Não se sabe o motivo da briga, mas a cantora Beyoncé preferiu assistir calada enquanto sua irmã brigava com o marido. Será que a situação poderia ter sido evitada? Luciana Meirelles, psicóloga especializada em mediação de conflito, diz que sim.

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 11 abr 2024, 16h57 - Publicado em 14 Maio 2014, 21h00
Yasmin Abdalla (/)
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Na briga entre a irmã e o marido, a cantora Beyoncé preferiu ficar calada
Foto: Getty Images

Quem nunca presenciou uma briga em família? Essa semana foi a vez da cantora Beyoncé, que assistiu a sua irmã Solange Knowles atacar o marido Jay Z após o tradicional baile do Metropolitan Museum, em Nova York. Muitas especulações foram feitas sobre o motivo do conflito, mas independente do que aconteceu, a escolha de Beyoncé foi ficar quieta.

“Se eles não fossem famosos e a briga fosse no Brasil, poderia acabar na delegacia”, afirma a psicóloga Luciana Meirelles que atua em um programa oficial de mediação de conflitos. O papel da mediadora é evitar justamente que um caso assim vire um processo judicial. “Quando há uma briga em família, todos perdem, não há um ganhador”, diz Luciana.

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Ela acredita que as pessoas entram em conflitos pois não sabem conversar. Foi para isso que a Justiça brasileira criou uma etapa anterior a ação judicial. Assim, vizinhos, casais e familiares podem tentar se entender sem apelar para as vias legais, que podem levar anos sem resolução e demandar altos gastos com advogados. “É emitido um convite para que as pessoas conversem sob a mediação de um grupo de profissionais preparados para isso”, diz.

Para casos não tão extremos, a psicóloga acredita que todos podem fazer o papel de mediadores em casa ou, pelo menos, evitar que conflitos do dia a dia se tornem algo maior. Veja algumas dicas que o trio Beyoncé, Jay Z e Solange poderiam ter seguido para tentar evitar situações como aquela.

1. Não leve picuinhas adiante
Para Luciana, o conflito é algo que faz parte de ambientes familiares e de trabalho. Portanto, é importante prestar atenção quando você está tendo certa dificuldade com outra pessoa. “Se puder, é interessante conversar assim que sentir uma brecha e tentar resolver aquela questão, ao invés de colocá-la de lado. Se isso acontecer, a intolerância pode chegar a um nível que impeça a conversa”, diz.

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2. A conversa precisa ser produtiva
“Para que uma conversa resolva algo, é preciso que ela seja produtiva”, adverte Luciana. Durante as sessões oficiais de mediação, a psicóloga segue algumas regras: é dado um papel para que as pessoas possam fazer anotações, há um tempo dedicado e determinado à conversa e não pode haver interrupções, por exemplo.

3. Se for mediar, não ponha lenha na fogueira
Se a conversa for mediada por alguém, é importante que essa pessoa assuma uma postura de neutralidade. “O mediador tem o papel de guardião da conversa e deve mostrar para as pessoas que, assim como elas construíram o conflito, elas podem e vão resolvê-lo”, afirma Luciana. A psicóloga reafirma a ideia de que não se pode colocar lenha na fogueira, principalmente quando uma das partes envolvidas tiver uma relação mais íntima com o mediador. “Nessa hora, quanto mais transparência melhor, o mediador precisa mostrar que consegue entender os dois lados.”

4. Afaste quem se meter na conversa
Além de não estimular ainda mais o conflito, o mediador precisa afastar quem pode atrapalhar a conversa. Numa questão em família, sempre há cunhados, cunhadas, pais, mães e outros familiares que não conseguem agir com neutralidade. Caso não haja um mediador na sua conversa, preste atenção para que ninguém atrapalhe, prefira conversar apenas com a pessoa.

5. Se a briga continuar, procure ajuda
Caso uma conversa em casa não resolva, procurar um serviço especializado é a melhor opção. “Há alguns níveis de intolerância tão altos que nem é indicado que as pessoas falem ao mesmo tempo com o mediador. Nesses casos, conversamos com as pessoas em separado e vemos o que dessa conversa podemos levar para a outra pessoa. É assim que abrimos o diálogo”, afirma Luciana. Os tribunais de justiça ao redor do país oferecem o serviço gratuito nos Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania da Justiça Eleitoral. Veja os endereços aqui.
 

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