Jacee Dellapena, uma garotinha americana de 12 anos, participou diretamente do parto de seu irmão caçula. As imagens em que ela aparece recebendo o garotinho em seus primeiros segundos de vida são emocionantes. O momento especial aconteceu em um hospital no estado norte-americano de Mississippi na semana passada. Ela estava triste por acreditar que não poderia participar do parto, então o médico a convidou para participar do procedimento.
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Dede Dellapena, mãe dos dois, fez um relato na página de Facebook Love What Metter e aconselhou outros pais a deixarem seus filhos participarem do parto dos irmãos mais novo. “Se a criança tem idade apropriada e maturidade que a situação exige, os pais deveriam permitir a presença delas na sala de parto”, encorajou.
A menina esteve presente durante todo o tempo, o que reconfortou Dede. “Observar as expressões dela foi impagável. Me concentrar no rosto dela quando fazia força me ajudou muito”, disse a mãe.
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CLAUDIA conversou com a doula e educadora perinatal Silvia Delman para saber se existe alguma restrição em situações como essa. Delman disse que não vê problemas na presença de crianças durante o nascimento dos irmãos desde que haja uma equipe de saúde habilitada para a assistência no parto.
No Brasil, no entanto, não é permitida a presença de crianças na sala de parto de hospitais. Sendo assim, muitas mães tem optado por dar à luz aos filhos mais novos em casa para que os irmãos mais velhos possam participar, como a chef e apresentadora Bela Gil.
Apesar de sua primogênita Flor ter nascido em um hospital em Nova York, nos EUA, ela e seu marido João Paulo Demasi decidiram receber o pequeno Nino em casa. Uma equipe especializada em parto humanizado acompanhou tudo enquanto Flor realizava o sonho de participar do nascimento do irmãozinho.
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“As famílias devem fazer um plano de parto, contendo todas suas expectativas em relação ao procedimento e quais condutas devem ser tomadas e levar essa plano para a equipe de saúde”, informa Delman.
Um dos pontos que o plano precisa contemplar é a presença de outras pessoas que não sejam da equipe de saúde na sala do parto. “Acontece muito de as mães quererem seus outros filhos no ambiente, mas é preciso ter em mente que a criança pode não reagir bem àquele momento. O parto pode demorar demais, a mãe vai sentir dor e a criança pode não querer ficar ali. Temos que saber quem vai tomar conta dessa criança”, disse.