Estrelas de ‘Girls’ explicam como dar apoio a vítimas de violência sexual: assista
Que tal em vez de duvidar, oferecer ajuda a quem sofre violência sexual?
Enquanto aqui no Brasil estamos às voltas com o tenebroso caso da menina que sofreu um estupro coletivo, nos Estados Unidos também há um caso de violência sexual em todas as manchetes. Um ex-aluno da renomada Universidade de Stanford estuprou uma jovem desacordada em 2015. O jovem poderia passar até 14 anos na prisão, mas um juiz decidiu que seis meses estava de bom tamanho. A decisão revoltou muita gente, é claro.
Com a discussão da cultura do estupro em alta (saiba aqui direitinho o que é cultura do estupro), o elenco do seriado “Girls”, da HBO, gravou um vídeo para o site norte-americano Now This dizendo o que você pode fazer, desde já, para ajudar vítimas de violência sexual e fazer do mundo um lugar melhor. Spoiler: para começar, é preciso acreditar nas vítimas. O vídeo está em inglês, mas a tradução, na íntegra, você encontra abaixo.
Oi, eu sou a Alisson.
Eu sou a Jemima.
Eu sou a Zosia.
Eu sou a Lena.
Nós podemos ser as estrelas de GIRLS, todas juntas, mas isso não significa que a gente concorda sempre.
Às vezes nós votamos em candidatos diferentes.
Nós temos pontos de vista muito diferentes sobre o que seriam calcinhas e sutiãs apropriados.
A Lena acha que você deveria lavar os cabelos apenas uma vez por semana.
Eu claramente não acho que isso está certo.
Mas há uma questão sobre a qual nós concordamos plenamente.
De acordo com o CDC [Centro de Controle e Prevenção de Doenças, nos EUA] 1 em 5 mulheres sofrerá abuso sexual durante a vida.
E em 80% dos casos, os abusos são cometidos por pessoas que elas já conhecem.
E 1 em 4 mulheres será abusada sexualmente antes dos 18 anos.
Isso não é um segredo. É a realidade
Então por que nossa reação padrão, como sociedade, é não acreditar?
Ou silenciar.
Ou constranger.
E se nós escolhêssemos nos voltar para aquelas que precisam de ajuda, em vez de nos afastarmos?
Escutar. Apoiar.
Você tem a oportunidade de fazer com que as coisas sejam melhores.
Pode ser algo fácil, como um telefonema.
Chamar a atenção de quem faz observações dolorosas.
Oferecer uma carona para o hospital ou para a delegacia.
Ou até mesmo simplesmente escutar.
Não evite as conversas difíceis.
Só estar lá pode fazer com que as coisas melhorem.
Você já tem o poder para criar um ambiente mais seguro e saudável para que as mulheres se manifestem.
E, embora sejamos só nós quatro aqui, agora.
Esperamos representar a solidariedade e apoio que todas as sobreviventes deveriam poder encontrar.
(E essa pode ser a primeira vez em que quatro mulheres brancas podem representar algo com exatidão).
Então, por favor: apoie, escute e aja.
Não porque ela é a filha de alguém.
Ou a namorada de alguém.
Ou a irmã de alguém.
Mas porque ela é alguém.
Ela é alguém.