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Cuidados essenciais para viajar com bebês e crianças para o exterior

Remédios, alimentação, burocracias de companhias aéreas, exigências legais: saiba tudo que é necessário para passar férias fora do país com os pequenos.

Por Raquel Drehmer
Atualizado em 19 abr 2024, 09h22 - Publicado em 20 jul 2019, 13h48
happy child girl collect the suitcase on vacation (evgenyatamanenko/Getty Images)
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É impossível não se derreter ou pelo menos soltar um “nhoimmm” ao ver no Instagram as fotos da viagem de Sabrina Sato, Duda Nagle e Zoe pela Espanha. A família está feliz, com sorrisos de orelha a orelha, curtindo demais. Olha só que amor!

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Quem ensinou ela a sorrir assim? Kkkk eu amo muito! 💜❤️🧡💛💚💙

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Claro que, assim como qualquer uma de nós, Sabrina posta nas redes sociais os momentos em que tudo está ok. Mas uma coisa é certa: para famosas ou anônimas, viajar para o exterior com um bebê é algo que requer bastante preparo e atenção. Conversamos com especialistas de diversas áreas para saber timtim por timtim o que não pode ser deixado de lado quando o plano é passar férias em outro país.

Remédios do bebê em viagem internacional

O kit básico de remédios do bebê para uma viagem internacional deve ter:

– Medicamento antitérmico;

– Medicamento para enjoos e vômitos;

– Pomada para assaduras;

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– Pomada para ferimentos;

– Pomada para micoses.

Todos devem ser indicados pelo pediatra que acompanha a saúde do bebê. É importante que sejam produtos com os quais o pequeno já esteja acostumado, para evitar o risco de efeitos adversos tão longe de casa.

Receitas emitidas por médicos brasileiros não têm validade em outros países, assim como as de médicos de fora não têm valor aqui. Caso ocorra algo durante a viagem (uma infecção, por exemplo), o correto é procurar o atendimento de saúde local e passar pela avaliação de um médico local. Vale investir em um seguro saúde internacional para a duração da viagem.

No avião, é bom ter à mão o remédio para enjoos e vômitos e também um frasco de soro fisiológico para hidratar o narizinho do bebê – o ar condicionado do avião pode causar ressecamento.

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Cuidados básicos com bem-estar e alimentação do bebê em país estrangeiro

Uma vez no destino das férias, não esqueça de usar protetor solar se o bebê tiver mais que 6 meses de vida e barreiras físicas (chapéus, camisetas de mangas longas etc.) se ele for mais novinho que isso.

Se a região for foco de doenças transmitidas pelo mosquito aedes aegypti, como dengue e febre amarela, é imprescindível aplicar o repelente de insetos no bebê todos os dias.

Por falar nisso, é importante estar com as vacinas em dia. Não por uma questão de exigências no desembarque em outro país, mas pela saúde do bebê e da criança mesmo – que é o mais importante, sempre! Há surtos de sarampo ocorrendo em vários países do mundo, como os EUA, e outras doenças podem ser transmitidas por via aérea. Garantir a proteção dos pequenos é essencial!

Evite dar comidas gordurosas e frituras para o pequeno e o mantenha hidratado com água. Não espere que o bebê peça água: pode ir dando sempre que achar necessário. Mas é claro que se ele pedir água dois minutos depois de ter dado uns goles, pode dar de novo, ok?

Fontes consultadas para estes dois itens: Natasha Slhessarenko (pediatra e diretora médica de Análises Clínicas do Alta Excelência Diagnóstica) e Nelson Douglas Ejzenbaum (pediatra e neonatologista, membro da Sociedade Americana de Pediatria).

Documentos e precauções legais para viajar com bebê para o exterior

Para viajar para o exterior, todo menor de idade – ou seja, qualquer pessoa que não tenha completado 18 anos ainda – precisa de um passaporte para menores e estar acompanhado pelos dois genitores ou genitoras no momento da viagem.

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No site da Polícia Federal tem todo o passo a passo para tirar o passaporte para menores. Invista um tempo na leitura de todos os itens – isso evitará dores de cabeça desnecessárias.

Na ausência de um genitor ou de uma genitora, o bebê ou a criança deve ter uma Autorização para Viagem de Menores, uma resolução do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). No site do CNJ tem o passo a passo para emitir a Autorização para Viagem de Menores. É outra leitura cuidadosa que vale fazer.

A autorização de viagem também pode ser inscrita diretamente no passaporte do bebê ou da criança, por solicitação dos dois genitores ou genitoras à Polícia Federal. Isso dispensa a necessidade da Autorização de Viagem para Menor e tem a mesma validade do próprio passaporte.

 

Vale destacar que todos os casos e exceções possíveis estão explicados tanto no site da Polícia Federal quanto no do CNJ: genitores separados, casos em que um ou uma já é falecido ou falecida, questões de tipos de guarda e tudo mais. Na dúvida, porém, sempre é legal procurar a ajuda presencial dos órgãos, de um advogado ou, se for o caso, da agência de turismo com a qual estiver fechando a viagem.

Dica extra: leve sempre uma cópia autenticada da certidão de nascimento do bebê. Assim, se acontecer qualquer contratempo com o passaporte – caso ele seja perdido, extraviado ou roubado –, é mais fácil solicitar uma segunda via do documento na embaixada brasileira do país em que vocês estiverem.

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Certificado Internacional de Vacinação para viajar com bebê para o exterior

Sempre é necessário checar com a agência de turismo, a companhia aérea ou mesmo o consulado ou embaixada do país de destino se alguma vacina é ou está sendo exigida dos turistas. Ela deverá constar no Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia – CIVP, que é emitido pela Anvisa.

O mesmo vale para países em que vocês façam conexão: se houver a exigência por alguma vacina, será exigida a apresentação do CIVP.

No site da própria Anvisa está o passo a passo para emissão do Certificado Internacional de Vacinação, desde a questão de onde tomar as vacinas até a retirada do CIVP.

Fontes consultadas para estes dois itens: Daniel Toledo (advogado especializado em direito internacional), Danilo Montemurro (advogado e professor de Direito Civil da FADISP) e Fabrício Posocco (advogado do escritório Posocco & Advogados Associados).

O que pode ser levado no avião em viagem internacional com bebê

Esta é uma das principais dúvidas na hora de fazer as malas do bebê para uma viagem internacional em família. Vamos lá, item por item, saber o que pode ir na mala de mão e entrar no avião.

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– Leite em pó – Pode ser levada a quantidade que for usada nas horas de voo, e você preparará a mamadeira na hora do consumo, com água que pedir para os comissários de voo; não vale a pena levar água própria, por causa da limitação de líquidos que pode entrar no avião (no máximo um litro, em frascos de no máximo 100 ml cada).

O leite em pó, assim como qualquer outro produto complementar que você quiser colocar nele na hora do preparo, será vistoriado no raio-x. Dica: se o pote estiver lacrado, o processo é mais rápido.

– Papinhas prontas – Valem exatamente as mesmas explicações do leite em pó: pode levar a quantidade adequada para as horas de voo (ou seja, não adianta querer levar um estoque para ser consumido no país de destino, porque o excedente será retido na vistoria do raio-x), em embalagens de no máximo 100 ml cada, e a liberação é mais rápida se os potinhos estiverem lacrados.

– Medicamentos – O mesmo: o que será consumido no voo, e respeitando o limite de 100 ml por frasco, lembrando que todos os potinhos podem somar no máximo um litro.

– Carrinho de bebê – Pode ser levado até o portão de embarque, e de lá ele é despachado pelos comissários de voo. Você poderia despachá-lo no check-in, mas não compensa: deixando para abrir mão dele na entrada do avião, você tem mais tempo no aeroporto com o bebê confortável no carrinho. Além disso, sendo despachado no portão de embarque, ele provavelmente será um dos primeiros itens a serem colocados na esteira de bagagem.

– Bebê conforto – Pode levar, mas ele deve estar dentro das normas da Aviation Child Safety Device. Entre em contato com a companhia aérea pela qual vocês viajarão para saber exatamente as medidas e os pesos que ela permite para o bebê conforto.

– Brinquedos ��� Podem ser levados na sua bolsa ou nas frasqueiras de qualquer pessoa da família. Vale aqui ter bom senso e não levar nada muito grande nem muito barulhento: respeitar o sossego dos outros passageiros é legal para a boa convivência na hora em que todos estiverem no avião.

Fonte consultada para este item: Ana Grassi (travel designer especialista em Itália e mãe de quatro filhos).

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