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Conselho para as mães: não se preocupe com as comparações

Colunista da CLAUDIA FILHOS, a jornalista Chris Flores fala sobre o como as mães devem se proteger das cobranças e sempre respeitar o ritmo de seus filhos.

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 28 out 2016, 03h19 - Publicado em 13 jul 2014, 22h00
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  • Foto: Olga Sapegina / ThinkStock / Getty Images

    “Passear com nossos filhos em locais públicos é uma delícia, não é? A gente distrai a cabeça, o bebê interage com outras crianças, e fazemos amizade com outras mães. Trocar experiências é gostoso e ajuda muito. Mas, se não tomamos cuidado, uma simples saída de casa pode se tornar um pesadelo. O pesadelo da comparação!

    Sempre tem aquela mãe que acha que o nosso filho está aquém para a idade dele e o compara com o dela. Eu mesma vivi essa experiência. Meu filho, Gabriel, nasceu prematuro e com icterícia forte. Quando passeávamos na pracinha para tomar banho de sol, ouvia que ele estava amarelo e magro demais. De verdade, estava. Mas tais comentários só me deixavam mais estressada. A angústia fez com que meu leite fosse secando e a situação, só piorando. Precisei complementar com leite em pó. Acabei amamentando só por quatro meses. Depois, ele ganhou bastante peso. Então, ouvia que estava obeso e que já tinha passado da fase de começar a engatinhar – tudo porque era gordo para conseguir se movimentar.

    Sim, existe gente cruel, incapaz de perceber que mãe de primeira viagem tem seus medos e inseguranças e se assusta com comentários do gênero. Com o tempo, fui ganhando maturidade. Vi que meu filho não engatinhou, porque preferiu pular essa etapa para começar a andar. Até hoje escuto comparações de mães na porta da escola: “Seu filho já lê tudo?”, “já toma banho sozinho e come com garfo e faca?”… Não tem jeito. As cobranças sempre vão existir. Depende de nós lidarmos com elas e descobrirmos o ritmo do nosso filho.

    Meu filho ama futebol e diz que vai ser jogador. Vendo-o jogar, já percebo que ele não é um Neymar, mas não vou tirá-lo dessa atividade que lhe dá tanto prazer. Sei, por exemplo, que é bom para a coordenação motora e para trabalhar em equipe, além de ótima atividade física. Talvez ele não tenha nascido com a aptidão do Neymar, mas se esforce tanto, por amar aquilo, que se torne bom jogador e se realize muito. Minha função é sempre aplaudir os gols, abraçá-lo nas derrotas e nunca iludi-lo de que ele é o melhor de todos no esporte. Porque, para mim, ele não é melhor do que ninguém, mas é o melhor filho que eu poderia ter.

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    Fica a dica

    · Só o pediatra do seu filho pode avaliar se o crescimento e o desenvolvimento dele estão de acordo com o esperado.

    · Observe seu filho, suas aptidões, e perceba aquilo que o faz feliz. Incentive essas atividades.

    · Ouça comentários e críticas de outras mães com simpatia, mas não caia na tentação da comparação.

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    · Comemore cada conquista do seu filho, por menor que seja.

    · Evite mostrar um amiguinho fazendo algo e pedir o mesmo a seu filho. Vira competição e desgasta a relação deles.

    · Não compense sua frustração na sua cria. Não faça dela uma bailarina só porque você não realizou esse sonho.

     

    Conselho para as mães: não se preocupe com as comparações Chris Flores é jornalista, autora do livro Um Bebê Em Casa e apresentadora do programa Hoje em Dia, da Record.
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