Conheça a história real da Oração de São Francisco de Assis
A mensagem é linda e cada vez mais importante na atualidade
Algumas orações são tão famosas e disseminadas que mesmo quem não segue nenhuma religião sabe as palavras de cor. Assim é com o “Pai Nosso”, talvez a oração mais conhecida de todas. Mas existe outra, que é bastante repetida, que começa assim: “Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz”.
É a chamada Oração de São Francisco de Assis, um pequeno texto cheio de boas ideias. Sugere que o amor seja levado onde houver ódio, e que a alegria seja levada onde houver tristeza. É fácil de compreender e de gostar. Dá mesmo vontade de repetir essas palavras por aí.
Senhor! Fazei de mim um instrumento da vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor.
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a união.
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé.
Onde houver erro, que eu leve a verdade.
Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais:
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe.
É perdoando que se é perdoado.
E é morrendo que se vive para a vida eterna.
O que pouca gente sabe, no entanto, é que essa oração não tem nada a ver com São Francisco de Assis. O historiador francês Christian Renoux pesquisou as origens do texto, e descobriu que o primeiro registro é de 1912. Foi publicado em uma revista francesa chamada La Clochette, sem assinatura, e com o título “Oração Bonita para Fazer durante a Missa”. Hoje em dia ela é chamada também de “Oração pela Paz”
A mensagem de paz a esperança ganhou força durante a Primeira Guerra Mundial, quando em 1916 foi publicada no “L’Osservatore Romano”, jornal semioficial da Santa Sé. De acordo com as pesquisas do historiador Christian Renoux, a oração foi associada ao Santo padroeiro dos animais porque foi impressa algumas vezes junto à imagem de São Francisco.
Seja qual for a real autoria da oração – até hoje desconhecida – , a linda mensagem do texto resiste e se mostra cada vez mais importante nos dias de hoje.