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Coluna da Cynthia de Almeida: “Acabei de me formar em psicologia e o que cobro dos pacientes mal cobre os meus custos”

Nossa colunista de carreira, Cynthia de Almeida, aconselha a leitora que está na dúvida se pode cobrar mais dos pacientes

Por Cynthia de Almeida
Atualizado em 31 out 2016, 11h31 - Publicado em 26 jul 2016, 11h03
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“Acabo de me formar em psicologia e divido um consultório com uma colega. O que cobro dos meus pacientes (e tenho minha agenda quase lotada!) mal cobre os custos de aluguel do espaço. Eu sei que minha profissão não dá muito dinheiro, mas devo aumentar meus honorários para poder pagar as minhas contas?”

É bem provável que você esteja cobrando menos do que poderia, mas a referência para o valor da sua consulta não pode ser o quanto você precisa ganhar para cobrir os seus custos. Jovens profissionais liberais como você passam por apertos no começo da carreira e costumam achar que o problema está na escolha da área: “Minha profissão não dá dinheiro” é uma frase comum e também uma armadilha perigosa. O valor das suas consultas não tem nada a ver com o quanto você paga de aluguel ou gasta com transporte, embora, em uma conta final, a região da cidade em que você trabalha acabe influenciando sua tabela de preços. Quem define o valor daquilo que você oferece, seja um serviço ou um produto, é o mercado. Quanto se paga em média por uma consulta de um psicólogo? Mais precisamente, quanto se paga pelas consultas de um psicólogo jovem, com as suas atribuições e especialidades? Essa é sua lição de casa: ligue para colegas e professores, pergunte, conheça os valores máximos e mínimos e, de preferência, fique entre os limites dos dois. Não tão caro que ninguém se disponha a pagar, nem tão barato que desperte desconfiança por ser “tão pouco”. Se os seus pacientes pagam abaixo do padrão de um profissional com a sua experiência e tempo de formada, converse com eles e os informe de que terá que ajustar os valores cobrados aos poucos. Talvez você tenha que dispensar alguns e passar a aceitar apenas aqueles que possam pagar o justo (você pode ter clientes pro-bono, de quem não cobre nada, mas terá que ganhar o necessário para poder bancar essa prática). Se, ao ajustar seus honorários, você perder clientes e abrir espaços no seu consultório, pense nesse “tempo ocioso” como o investimento necessário para atrair os pacientes que paguem o que você estipulou. Boa sorte! 

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