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A linguagem dos símbolos

Existe algo em nossas vidas que com certeza não passa despercebido a nenhum de nós: os fatos repetitivos. Costumamos chamá-los de coincidências

Por Lúcia Helena Galvão Maya, professora de filosofia da Nova Acrópole
10 nov 2022, 09h00
Mulher fecha os olhos, respirando ao ar livre.
Mulher fecha os olhos, respirando ao ar livre. (Max Garaev/Pexels)
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Existe algo em nossas vidas que com certeza não passa despercebido a nenhum de nós: os fatos repetitivos. Costumamos chamá-los de coincidências. Se, quando entramos na fila do mercado, a nossa fila é a que menos anda, e o mesmo acontece na fila do banco, do trânsito etc, em geral, não ousamos ver nenhuma mensagem codificada nisto. Nem mesmo se, ao mudarmos de fila, aquela em que estávamos comece a andar e a outra, em que entramos, pare. No máximo, chamamos de “azar”, o que, no campo das categorias inacreditáveis, é uma das mais difíceis de se aceitar: como assim azar? Alguém para quem tudo dá errado? Sem nenhuma razão de ser? Que morbidez mais estranha do universo!

Talvez pudéssemos supor que a vida queira nos dizer algo com isso. Quem sabe ela está sugerindo que ando demasiadamente ansioso? Ou que possuo um senso de autoimportância exacerbado, ao crer que todos podem esperar, menos eu? Seja lá qual for a nossa proposta de interpretação, poderíamos testá-la, posicionando-nos de uma forma diferente ante a vida e esperando para ver o que acontece; se as tais “coincidências” param de acontecer, quem sabe acertamos na interpretação daquilo que a vida pretendia nos dizer? Ah, mas isso pode ser um outro tipo de coincidência! Certo, meu cético amigo: tente mais uma vez. E mais uma, se preciso.

Talvez, após algumas tentativas com resultado positivo, você se veja tentado a pensar que, de certa forma, está estabelecendo um tipo de diálogo com a vida, onde ela propõe algo através dos fatos e você decodifica e responde. Daqui a pouco, lá vem nova proposta…

Eu te diria que sim, que isso é possível: você aprendeu a falar a língua da vida, que é símbolo. Chegamos a alimentar uma certa curiosidade por vislumbrar o rosto deste “interlocutor oculto” que, através dos fatos, comunica-se conosco: é a vida que está lá, inteligente, flexível e pedagógica, como tantos povos do passado já afirmaram.

Andar pela vida com esta suposição “a tiracolo” com certeza nos dá um grande ânimo de aprendizes, de estar atentos, corpo e mente juntos, ante tudo que se mova à nossa volta, sempre recebendo novas lições e propostas de crescimento. Creio firmemente, a partir de minhas próprias observações e do conselho de muitas vozes do passado, que, se houvesse um minuto das nossas vidas que nada tivesse a nos ensinar, ele já teria sido retirado de nossas vidas, pois não é do feitio da vida deixar vácuos.

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Sim, meu caro leitor: talvez a vida tenha algo a te dizer. Que tal aprender a linguagem dos símbolos para se comunicar com ela?

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