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Reserva de emergência: como fazer e qual valor guardar?

Especialista em finanças, Paloma de Lavor Lopes, dá dicas e revela qual a importância do investimento para situações extremas

Por Sarah Brito
Atualizado em 27 Maio 2024, 10h34 - Publicado em 26 Maio 2024, 08h49
Reserva de emergência: como fazer e qual valor guardar?
Entenda a importância de criar fundos para caso de situações de emergência (Getty Images/Reprodução)
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Em caso de situações de urgência, o dinheiro é um dos recursos mais úteis para lidar com imprevistos e desafios ao longo da vida. Daí a importância da reserva de emergência.

Seja por causas externas, como mudanças profissionais ou até mesmo em momentos onde o dinheiro é a última coisa em que pensamos – como luto ou acidentes – ter uma reserva ou investimento para emergências é uma decisão consciente de economia para enfrentarmos um futuro repleto de imprevisibilidades.

E para te ajudar a entender um pouco mais sobre importância dessa reserva para sua vida financeira, conversamos com a economista Paloma de Lavor Lopes, especialista em finanças da Valor Investimentos, para descobrir como montar uma reserva de maneira consciente e sem comprometer o seu orçamento.

Afinal, investir no futuro é olhar para ele com responsabilidade e consciência. Confira quais são as dicas:

Como guardar dinheiro para situações de urgência

Quando falamos sobre reserva de finanças, Paloma enfatiza que o valor a ser poupado deve ser estreitamente associado à situações de urgência, o que impossibilita o gasto do valor em momentos de tentação.

“Durante a criação da reserva financeira, o valor deve estar associado apenas à situações de extrema urgência pois foi poupado justamente com o intuito de não trazer desespero em situações onde o dinheiro se torna uma questão”, pontua a economista.

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Reserva de emergência: como fazer e qual valor guardar?
Para evitar gastos de sua reserva financeira, Paloma de Lavor explicar que associar o investimento a situações emergenciais é minizar a possibilidade gastos desnecessários de sua reserva financeira (Pexels/Reprodução)

Ela ainda explica que um dos fatores que mais prejudicam o entendimento durante uma crise é justamente a falta de uma reserva e organização financeira, o que pode gerar gatilhos e ansiedades ainda mais prejudiciais na hora de desenrolar situações financeiras complicadas.

“Atualmente estamos passando por diversas situações de ansiedade financeira, e isso está sendo objeto de análise de vários pesquisadores. Um dos gatilhos para essa ansiedade é justamente a falta de uma organização financeira. O fato de ter uma reserva minimiza esse gatilho. Nada como ter paz financeira no dia a dia”, comenta.

Como começar uma reserva financeira?

A primeira vista, Paloma comenta que para iniciar sua reserva financeira, é necessário, antes, entender quais são os gastos e entradas em seu orçamento mensal. 

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“Ter uma consciência financeira é indispensável para saber quais são os seus gastos durante os dias do mês. Anote quais são as suas rendas, lucros e todas as despesas que forem surgindo ao longo dos dias, inclusive as despesas esporádicas. Só assim conseguimos mapear o real valor da reserva para o um futuro investimento”, diz.

Reserva de emergência: como fazer e qual valor guardar?
Anotar quais são os seus gastos ao longos dos meses pode ser algumas das formas práticas de descobrir qual o valor a ser poupado para a sua reserva financeira (Pexels/Reprodução)

Para facilitar este cálculo, você pode utilizar uma agenda ou criar uma planilha em seu computador ou celular, assim poderá ter fácil acesso às informações sobre as suas despesas calculadas sempre que quiser.

“Sugere-se um cálculo de 6 a 12 meses do valor que a pessoa tem mapeado de despesas mensais. Esse, geralmente, é o valor seguro para enfrentarmos crises de curto a longo prazo, dando possibilidade inclusive de recuperação financeira durante uma crise”, completa Paloma.

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Apesar da iniciativa ser para alguns, uma dificuldade devido ao alto valor a ser poupado, a economista também sugere que os valores de uma reserva financeira devem fazer parte de um planejamento consistente, sendo realizado através de trocas justas e substituições necessárias em seu bolso. 

Reserva de emergência: como fazer e qual valor guardar?
Caso não consiga poupar grandes valores, comece a poupar valores de compras que podem ser substituídas como presentes, passeios e delivery (Pexels/Reprodução)

“Comece com pouco. Abra mão por exemplo de um jantar fora, delivery ou compras desnecessárias como presentes e passeios. Pegue esse dinheiro e já coloque para render em um dos investimentos. No mercado, existem fundos de investimentos com liquidez diária de apenas 100 reais o que podem ser um bom início para quem não consegue poupar grandes valores”, conta. 

E caso você tenha dúvidas sobre onde investir o valor de sua reserva de emergência, Paloma tem a resposta: “Opte por investimentos com liquidez diária. Dado que a emergência pode acontecer a qualquer momento, é necessário que você consiga resgatá-lo de maneira rápida e sem burocracias. Opções como Tesouro Direto Selic, CDB com liquidez diária e Fundos de Renda Fixa Referenciados DI são as melhores opções para investir sua reserva”, finaliza. 

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Já dizia Gandhi, “O futuro dependerá daquilo que fazemos no presente”. Faça você também algo pelo seu eu do futuro e fique tranquilo durante as emergências!

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