A sexta-feira (26), teve início com uma notícia tranquilizadora sobre a varíola dos macacos, outro surto que o Brasil está enfrentando além da covid-19: na noite de quinta-feira (25), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a liberação da vacina MVA-BN, também chamada de Jynneos, Imvamune ou Imvanex, produzida pela farmacêutica Bavarian Nordic, na Dinamarca e na Alemanha, contra a monkeypox, e do medicamento tecovirimat para o tratamento da mesma.
A Anvisa analisou dados da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e da Agência Americana (FDA) para a aprovação. O imunizante é um dos principais comercializados e está em uso em parte da Europa e nos Estados Unidos. O surto da doença já afeta mais de 90 países.
O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o país ia receber o remédio para combater a doença no início de setembro. Segundo uma pesquisa publicada na revista científica The Lancet Infectious Diseases, o medicamento se mostrou promissor em reduzir a duração dos sintomas e o tempo em que pacientes são capazes de infectar outras pessoas.
A vacina contra varíola dos macacos
A vacina não foi feita exclusivamente contra a varíola do macaco e sim contra a varíola humana (considerada erradicada pela OMS em 1980). Como os dois vírus fazem parte da família ortopoxvírus, o imunizante também pode ser usado para prevenir contra a monkeypox. A vacina deve chegar ao Brasil a partir de setembro, de acordo com o Ministério da Saúde, e é destinada a adultos com idade igual ou superior a 18 anos e possui prazo de até 60 meses de validade quando conservada entre -60 a -40°C.