O governo do estado de São Paulo anunciou nesta segunda-feira (7) que a vacina contra o coronavírus deve começar a ser aplicada no dia 25 de janeiro de 2021. Os primeiros a receberem a CoronaVac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, serão os profissionais de saúde, indígenas e quilombolas.
A vacina ainda está na terceira fase de testes e precisa, após ter a eficácia comprovada, ser liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Cada pessoa receberá duas doses da CoronaVac, com intervalo de 21 dias entre elas.
O cronograma de vacinação criado pelo governo do estado foi dividido em cinco partes. Além dos profissionais de saúde, indígenas e quilombolas, idosos com mais de 75 anos também fazem parte do grupo prioritário. Até janeiro, o estado planeja ter 46 milhões de doses disponíveis.
“A fase 1, que é essa que começa no dia 25 de janeiro, aniversário da cidade de São Paulo, é a fase de imunização que será destinada aos profissionais de saúde, todos eles, e pessoas com mais de 60 anos. A escolha do público-alvo para essa fase 1 foi feita levando em consideração a incidência de óbitos de coronavírus no estado de São Paulo”, afirmou o governador João Doria em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes.
A vacinação será escalonada para as duas aplicações necessárias. O grupo de profissionais de saúde, indígenas e quilombolas receberá a primeira dose em 25 de janeiro e a segunda em 15 de fevereiro. Quem tem 75 anos ou mais tomará a primeira em 8 de fevereiro e a segunda, 1° de março. De 70 a 74 anos, em 15 de fevereiro e 8 de março. De 65 a 69 anos, 22 de fevereiro e 15 de março. De 60 a 64 anos, 1° e 22 de março.
Segundo o governador, o estado já possui 5,2 mil postos de vacinação nos 645 municípios e o objetivo é ampliar o total para 10 mil pontos, com a possível utilização de quartéis da PM, estações de trem, terminais de ônibus, farmácias, escolas e sistemas de drive-thru. 4 milhões de doses serão vendidas para outros estados.
O governo de São Paulo já recebeu 120 mil doses prontas da vacina do laboratório Sinovac, além da carga de insumos – os “ingredientes” necessários para a finalização da vacina – que pode chegar a um milhão de doses, que serão finalizadas pelo Butantan. O Instituto receberá do laboratório chinês mais 6 milhões de doses prontas e irá formular as outras 40 milhões.
A fase um dos testes foi feita em dezenas de pessoas e a fase 2, em 743 pacientes. É nessa fase que é medida a segurança e capacidade da vacina de gerar resposta imune satisfatória. A fase 3, atual, é feita com milhares de pessoas e mede a eficácia da vacina.
De acordo com o Instituto Butantan, a previsão é a de que as informações da vacina sejam enviadas até o fim desta semana e que a Anvisa decida se a CoronaVac cumpre, ou não, todos os requisitos para aplicação até a primeira semana de janeiro.
O governo federal divulgou, em 1° de dezembro, o planejamento “preliminar” de vacinação, em que a CoronaVac não é citada. Segundo Doria, a vacinação será realizada em São Paulo mesmo sem investimento federal.
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