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Cientistas testam remédio que reduz mortes e entubação por Covid-19

Estudo Recovery realizado com mais de 4 mil pacientes indicou os resultados

Por Da Redação
17 fev 2021, 11h48 •
medicamentos
 (Mint Images/Getty Images)
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  • Um remédio para atrite reumatóide, o tocilizumabe, um anticorpo derivado de uma célula única, abrevia o tempo de internação, diminui a necessidade de entubação e reduz a mortalidade em pacientes com Covid-19. De acordo com o Recovery, estudo britânico de terapias contra o coronavírus, a droga mostrou eficiência em pacientes hospitalizados com baixa taxa de oxigênio no sangue e quadro de inflamação. Apesar da eficácia, o preço e a disponibilidade se tornam um problema para uso.

    Este é o segundo medicamento que apresentou eficácia contra o coronavírus. O primeiro, igualmente observado pelo estudo Recovery, que também produziu efeito de redução na mortalidade, foi o corticoide dexametasona.

    Os resultados do estudo ainda não foram revisados e publicados em uma revista científica, mas segundo os dados já disponibilizados, houve uma redução de 4% da mortalidade, após 28 dias, entre os pacientes que receberam o tratamento padrão e os que receberam tratamento com a droga tocilizumabe.

    Estes dados mostram que uma vida é salva a cada 25 pacientes graves que recebem tratamento com o medicamento.

    A pesquisa com o tocilizumabe foi realizada em 39 pontos médicos no período de 23 de abril de 2020 a 24 de janeiro de 2021, testando 4.116 pessoas.  Os pesquisadores avaliaram 2.022 pacientes que foram, de forma aleatória, tratados com tocilizumabe e 2.094 que receberam tratamento padrão.

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    De acordo com os cientistas, os benefícios do uso da droga foram observados em todos os subgrupos, independente da condição de suporte respiratório e são adicionais aos efeitos observados no tratamento com a dexametasona.

    Os pacientes tratados com a droga recebiam durante 60 minutos uma dose do medicamento diretamente na veia, que varia de acordo com o peso de cada um. Dependendo da melhora ou não na condição de saúde, uma segunda dose era aplicada em 12 ou 24 horas.

    Os profissionais de saúde que aplicavam o tratamento e os pacientes que receberam a droga sabiam do seu uso, mas os pesquisadores e cientistas envolvidos no Recovery foram vetados das informações de quem foi tratado ou não com o medicamento para não prejudicar a imparcialidade do estudo.

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    Até o momento, os resultados sobre o tocilizumabe não tinham, de forma geral, mostrado um benefício significativo na diminuição da mortalidade, como mostrou o estudo brasileiro Coalizão Covid-19, uma associação entre os hospitais Albert-Einstein, o HCor, Sírio-Libanês, Moinhos de Vento, Oswaldo Cruz e Beneficência Portuguesa de São Paulo, além do Brazilian Clinical Research Institute (BCRI) e da Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (BRICNet), que não observou melhora nos paciente graves que foram tratados com a droga.

    A diferença no resultado dos estudos pode ter sido ocasionada pela diferença na escala de pessoas assistidas, visto que o Recovery observou mais de 4.000 pacientes e o Coalizão pouco mais de 100 participantes, com um pequeno número de mortes.

    Os autores do Recovery afirmam que sete estudos tinham sido observados até o momento e com todos os dados reunidos das oito pesquisas sobre a droga, observa-se uma uma redução de mortalidade, após 28 dias, de cerca de 13% nos pacientes que tomaram tocilizumabe.

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    Mesmo com as dificuldades de uso acesso e custo, trata-se de uma nova medicação para tratar Covid.

    “Nossos dados sugerem que, em pacientes com Covid-19 que estão com hipóxia [baixa taxa de oxigênio no sangue] e têm evidência de inflamação sistêmica, o tratamento combinado de cortiesteroides [dexametasona] e tocilizumabe, a redução da mortalidade pode chegar a cerca de um terço para as pessoas que estiverem recebendo só oxigênio e até 50% para os que estão recebendo ventilação mecânica invasiva”, afirmam os pesquisadores.

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