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Saiba como o cigarro, a pressão e a diabetes influenciam no Alzheimer

Existem muitos motivos que a ciência conhece sobre o surgimento dessa doença tão cruel. Mas você pode diminuir os riscos com pequenas mudanças

Por Pamela Marul
Atualizado em 14 jan 2020, 19h21 - Publicado em 1 mar 2015, 11h00
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  • Essa é uma doença triste, que faz sofrer não só quem recebe o diagnóstico, mas todos que vivem a sua volta. Aos poucos, o doente, na maioria dos casos, idoso, começa a apresentar falhas de memória, dificuldade para se orientar, prestar atenção e até falar. Estima-se que mais de 25 milhões de pessoas tenham Alzheimer em todo o mundo. As causas ainda estão sendo investigadas, mas os médicos afirmam que pode haver predisposição genética para a morte das células cerebrais. Agora, uma nova pesquisa, feita pela Alzheimer’s Disease International, organização internacional que estuda o tema, mostra que o diabetes, a hipertensão e o tabagismo podem aumentar em até 50% o risco de ter o problema. O lado bom da descoberta é que diante desses fatores existe prevenção. “É importante salientar que diabetes, pressão alta e cigarro não causam o Alzheimer, mas contribuem para o surgimento de lesões que facilitam o desenvolvimento da doença. Por isso é importante prevenir”, afirma Rodrigo Rizek Schultz, diretor científico da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz). Que tal começar já? Atividade física e alimentação saudável são dois passos importantes para afastar esse mal!

    O que causa a doença?

    A principal causa do Alzheimer é o acúmulo de uma proteína chamada beta-amiloide, que tende a aumentar com a idade. Ela destrói os neurônios em regiões do cérebro essenciais para a preservação da memória e das funções cognitivas. O que os cientistas ainda não descobriram é por que há esse acúmulo.

    Quais os sintomas?

    Nas fases iniciais, ocorrem desorientação, alucinações, perda da fala e dificuldade para realizar tarefas corriqueiras, como comer e tomar banho.

    Como é feito o diagnóstico?

    Ainda não existe exame para isso. A certeza do diagnóstico só acontece na autópsia. Por isso, os médicos fazem um teste clínico e baseiam-se no histórico do paciente e dos familiares, além de descartar outras doenças, por meio de tomografia e ressonância do crânio.

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    Há tratamento?

    Sim, feito com remédios e terapias específicas a fim de reabilitar as funções neuropsicológicas. Ele deve começar o quanto antes para deter o avanço da doença, que até agora não tem cura.

    O perigo dos tranquilizantes

    O uso prolongado e sem orientação médica de medicamentos como Rivotril, Frontal e Lexotan pode aumentar em 51% as chances de demência. “É importante esclarecer que problemas que levam essas pessoas a utilizar os tranquilizantes, como depressão e ansiedade, já são fator de risco para o Alzheimer”, esclarece o diretor da Abraz. Por isso fique sempre atenta à saúde emocional também.

    Diabetes, pressão e cigarro

    O excesso de glicose e insulina decorrente do diabetes danifica as áreas do cérebro responsáveis pela memória. “Essa situação pode antecipar a demência”, explica Schultz. Com a hipertensão, ocorre algo parecido: a pressão alta afeta a circulação do sangue em diversos órgãos, incluindo o cérebro, o que aumenta o risco de lesões que podem gerar algum nível de demência. O cigarro também acaba agravando o desgaste mental.

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    A idade é o principal fator de risco para o desenvolvimento do Alzheimer. Após os 65 anos, a chance dobra a cada cinco anos

    Pensamento positivo!

    Sentimentos negativos, como ansiedade, raiva, culpa e depressão, podem aumentar as chances de mulheres terem Alzheimer. Essa é a conclusão de um estudo sueco que acompanhou o envelhecimento de 800 mulheres ao longo de 38 anos.

    Como cuidar de quem tem a doença

     Há vida além do Alzheimer

    Conheça a história de Tania Maria Bonetti Moreno e sua mãe que tem a doença:

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    “Minha mãe, de 90 anos, e minha tia, de 85, têm Alzheimer. Os sintomas apareceram perto dos 80, quando elas começaram a perder a memória. Não era só esquecer: deixavam o fogão aceso, repetiam as histórias. Na fase inicial, elas tinham autonomia, então não aceitavam muito as cuidadoras. Na etapa seguinte, as duas passaram a precisar de ajuda para se vestir, tomar banho. Procuro sempre sair com minha mãe, vamos a museus, ao parque, lugares onde ela veja gente. Minha tia frequenta academia, faz exercícios. Elas até jogam dominó. Existem limitações, mas também há vida além do Alzheimer.”

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