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Saiba como diferenciar a crise de ansiedade de um ataque de pânico

A síndrome do pânico, manifestação mais intensa do transtorno de ansiedade, faz com que a pessoa pense estar morrendo ou enlouquecendo.

Por Nathalia Giannetti
Atualizado em 15 jan 2020, 10h08 - Publicado em 11 set 2019, 16h44
Mid adult woman touching her chest. (Science Photo Library/Getty Images)
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A frequência cardíaca aumentou de repente (e muito), você começou a suar, tremer, a respiração ficou ofegante, a mão gelou… Você pode, sim, ter tido uma crise de ansiedade – e elas são bem comuns e frequentes nos dias de hoje. Mas como saber se um transtorno de ansiedade pode ter virado uma síndrome do pânico?

O que é síndrome do pânico?

O ataque de pânico é bastante parecido com uma crise de ansiedade, mas manifesta seus sintomas de uma maneira muito mais intensa. “A pessoa acredita que está morrendo de um ataque cardíaco, ou que está enlouquecendo, ou teme perder o controle“, aponta o psiquiatra Elie Cheniaux.

Mais do que uma ansiedade comum, a síndrome do pânico tem sinais físicos agudos e debilitantes. “É um transtorno de ansiedade caracterizado pelo medo e mal-estar intensos que paralisam”, esclarece a psicóloga Marilene Kehdi. Os ataques acontecem de forma inesperada, atingindo sua intensidade máxima em aproximadamente cinco minutos, quando a pessoa realmente acha que pode morrer – esse pico de ansiedade não se mostra em uma crise de ansiedade comum.

Sobre o tempo de duração total de um episódio: “Costuma variar entre 15 e 30 minutos, mas pode durar mais ou menos, dependendo do caso”, diz Marilene. 

Como identificar um ataque de pânico?

  • Batimentos cardíacos acelerados
  • falta de ar
  • dor ou desconforto torácico
  • calafrios ou ondas de calor
  • tremores
  • sudorese
  • formigamento nas mãos, pés ou rosto
  • sensação de anestesia
  • tonturas
  • náuseas
  • sensação de estar prestes a desmaiar
  • pensamentos de morte.
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Quais são as causas da síndrome do pânico? 

Ainda não se sabe com certeza o que causa o distúrbio. No entanto, é bem provável que a carga genética esteja envolvida, assim como possível desequilíbrio químico corporal. 

O desencadeamento também pode estar relacionado a eventos estressantes e de grande impacto emocional, como mudanças bruscas na vida, morte de alguém próximo e grandes traumas.  

Importância do tratamento

A longo prazo, o distúrbio pode causar sérios danos. Além do desenvolvimento de problemas com abuso de álcool e drogas ilícitas, utilizados para tentar acalmar os sintomas, “em casos mais graves, o paciente não consegue sair de casa, com medo de ter um ataque de pânico. Frequentemente a pessoa evita lugares em que há muita gente, como shoppings, com receio de passar mal ali e ser difícil sair ou obter ajuda”, explica o psiquiatra. 

Para evitar que isso ocorra, é fundamental que se busque ajuda médica! Pode ser indicado uso de medicamentos para controlar a ansiedade, além de terapia, sendo o tipo mais indicado o cognitivo-comportamental.

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