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O que é descolamento de placenta, problema enfrentado por Sabrina Sato

Apresentadora encara mesmo disturbio que a colega de profissão Eliana passou em sua segunda gravidez. Médicos explicam do que se trata

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2018, 12h16 - Publicado em 6 Maio 2018, 11h15
 (Reprodução/Instagram)
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No ano passado, os fãs acompanharam atentamente a gravidez da apresentadora Eliana, que encarava um descolamento de placenta e precisou se afastar da TV antes da hora para repousar e garantir uma gestação de sucesso. Agora é Sabrina, colega de profissão, que enfrenta o mesmo problema.

Durante conversa com Rodrigo Faro em seu próprio programa na Record, a grávida do momento não só revelou que está esperando uma menina como pediu que o pública orasse por ela para que, apesar dos riscos, sua gravidez se completasse com tranquilidade.

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Assim como Eliana, Sabrina terá que ficar de repouso enquanto espera a filha. Faz um mês que ela está internada no hospital e foi lá que o bate papo com o colega de emissora aconteceu.  “Todo dia para mim é uma vitória. Eu tenho um hematoma subcoriônico, também chamado de descolamento ovular. Quando eu fui internada, eu tive uma hemorragia. Achei que naquela hora tinha perdido o bebê”, disse.

O que é o descolamento de placenta?

O descolamento acontece quando porção da placenta, órgão onde o feto permanece até seu nascimento, se desprende da porção uterina endometrial. Renato de Oliveira, ginecologista e obstetra responsável pela área de reprodução humana da Criogênesis, explica que se trata de uma alteração da segunda metade da gestação e que a gravidade varia de acordo com cada paciente.”

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“Há descolamentos menores que geram dor e desconforto e os maiores, que podem causar sangramentos intensos. Em ambos os casos o repouso é fundamental para minimizar os riscos, tanto para a mãe quanto para o bebê. O uso de medicações cujo princípio ativo é a progesterona, geralmente, é indicado para que o útero diminua seu estado de contração visando a uma maior permanência do bebê na barriga da mãe até o período considerado “termo”, o qual corresponde a idade gestacional entre 37 a 40 semanas”.

Ele completa: “Nos casos mais graves que podem ser identificados por sangramento vaginal ativo e útero contraído anormalmente, por exemplo, pode evoluir para uma perda sanguínea importante com risco de choque hipovolêmico. Essa situação de emergência pode representar risco de morte tanto para a mãe quanto para o bebê. Geralmente, nessa situação de emergência, o médico precisa avaliar se é possível controlar ou se é necessário interromper a gestação.”

Em relação aos riscos do descolamento, a prematuridade merece destaque.Cada semana a mais na barriga da mãe diminui os riscos de prematuridade do bebê, que caso nasça antes do previsto, pode apresentar problemas respiratórios e neurológicos não somente no pós-parto, mas também depois de completar um ano de idade”, elucida Renato.

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O obstetra e ginecologista Ricardo Luba ressalta a importância do resguardo neste momento: “Essa é a parte mais importante, e a orientação pode permanecer até o fim da gestação para evitar movimentações que minimizem o risco de sangramento abundante e parto prematuro. Além das queixas da paciente, neste caso, a maneira mais efetiva de descobrir o problema é através do ultrassom obstétrico.”

As causas podem variar: traumas como quedas e acidentes de carro, excesso de exercício físico ou esforço, condições como estresse, obesidade e problemas de saúde como deficiência na coagulação, infecções, má cicatrização de cesáreas anteriores e, principalmente, hipertensão, conforme expõe Renato.

“Uma das principais motivações é a doença hipertensiva específica da gestação, caracterizada pela pré-eclampsia e eclampsia. A pré-eclampsia consiste no aumento da pressão arterial e ocorre em pacientes gestantes, ou seja, que adquiriram essa condição devido às alterações sofridas pelo corpo decorrentes da gravidez. A eclampsia em si ocorre quando essa elevação do nível pressórico é tão significativo que a paciente convulsiona, podendo acarretar sérios riscos para a saúde da mãe e do bebê. Quando esses sinais se tornam aparentes, os médicos já fazem o diagnóstico clínico e laboratorial e então passam a realizar um pré-natal mais rigoroso, com uma frequência maior de exames e consultas.”

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Outra medida tomada pelos especialistas em casos como o de Sabrina e Eliana é a aceleração da maturidade do pulmão do bebê. “O procedimento consiste na aplicação de duas injeções de corticóide com o intervalo de 24h. O uso dessa medicação é feito em qualquer situação em que a paciente possua um risco de trabalho de parto prematuro para minimizar os riscos, afinal, o pulmão do bebê só atinge a maturidade, geralmente, a partir da 34ª semana”, justifica o Renato.

Mulheres com idade inferior a 18 anos ou superior a 35 anos costumam enfrentar um pré-natal de risco. Outro fator que também pode ser levado em consideração no caso do descolamento de placenta é o tamanho do cordão umbilical, que caso seja muito pequeno, pode gerar uma tração maior com a placenta, onde é fixado, resultando num desprendimento do órgão com relação ao útero.

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