À beira do colapso, São Paulo registra 1.021 mortes em 24 horas
A projeção é de esgotamento de leitos nos próximos três dias no estado mais rico do Brasil, em meio a medidas de isolamento pouco eficazes
O estado de São Paulo atingiu uma marca lamentável ao registrar o maior número de óbitos em 24 horas desde o início da pandemia . Ao todo foram 1.021 mortes por Covid-19, superando até mesmo as expectativas da equipe de contingência do coronavírus do governo estadual, que previa que o número máximo de óbitos seria 800.
Além das mortes, também foram registrados 20.942 novos casos da doença e 28.738 pacientes já estão internados tratando a doença.
As internações em UTIs por Covid no estado representam quase a metade do número total de internados, sendo 12.168 pessoas recebendo o tratamento intensivo, enquanto as enfermarias correspondem a 16.570 pessoas internadas.
Os leitos de UTI estão quase atingindo sua capacidade máxima. No estado, a ocupação já atingiu os 91,2% e somente na Grande São Paulo, o número já chegou a 91,3%.
Com o avanço do vírus em todas as regiões e um número expressivo de internações aumentando cada vez mais, as projeções internas indicam que poderá haver esgotamento de leitos nos próximos três dias se novas estruturas não forem abertas.
Ainda que medidas restritivas rigorosas tenham sido anunciadas pelo governador do estado de São Paulo, João Doria, o isolamento ainda não atingiu marcas desejáveis. No sábado (20), o isolamento chegou a 47% e no domingo (21) alcançou os 51%. No entanto, estas marcas não se repetem durante os dias úteis da semana, sendo ainda menores.
O governo estadual também projetou que houve uma diminuição na velocidade no aumento da curva de internações em UTIs no estado, entretanto, ainda que de maneira mais lenta, a mesma continua crescendo e as unidades de terapia intensiva continuam com sua capacidade no limite, o que é preocupante.
O Brasil vive hoje o pior momento da pandemia, que há um ano vem apresentando números cada vez mais devastadores. 295.425 vidas já foram perdidas para o coronavírus.