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Pintas e sardas X doenças de pele: saiba quando ficar atenta

Novas marcas cutâneas podem indicar de envelhecimento precoce a câncer de pele, e são motivo para procurar uma dermatologista

Por Raquel Drehmer
Atualizado em 20 jan 2020, 13h27 - Publicado em 25 Maio 2017, 21h27
câncer de pele
Dezembro é mês de conscientização e prevenção do câncer de pele.  (nikolasvn/ThinkStock)
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Enquanto somos crianças, é normal e pouquíssimo preocupante aparecerem pintas e sardas pelo corpo. Mas, quando esses sinais de pele surgem na fase adulta, é bom ficar atenta: eles podem indicar desde o envelhecimento precoce até o câncer de pele.

Leia mais: Tudo sobre câncer de pele

“As sardas em áreas como face, colo, pescoço, tronco superior e mãos são decorrentes de exposição solar desprotegida ao longo dos anos e têm origem benigna. Elas geralmente sinalizam o fotoenvelhecimento da pele”, diz Luciana de Abreu, dermatologista da clínica Dr. André Braz. O fotoenvelhecimento, vale lembrar, é o envelhecimento precoce da pele causado pela exposição aos raios solares.

Já as pintas inspiram mais cuidados, especialmente quando são planas, irregulares e com mais de uma cor, segundo Vanessa Mussupapo, dermatologista do Hospital Santa Paula. “Na maioria das vezes, essas pintas podem sinalizar um câncer de pele ou um melanoma, que é o tipo de câncer de pele mais grave”, diz.

Mas calma, tem um alívio no meio disso tudo: sabe as pintas altas e molinhas? Não são motivo para dor de cabeça. “Diferentemente do que todo mundo pensa, elas geralmente são benignas”, garante Vanessa. Ufa!

 

ABCDE das pintas e sardas

Para facilitar a vida de todo mundo, a dermatologia moderna inventou a regra do ABCDE, que ajuda a saber quando um desses sinais é suspeito e precisa da avaliação de uma médica especialista. Funciona assim: se a pinta ou a sarda tiver qualquer uma das seguintes características, já agende sua consulta.

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A – assimetria (se a pinta for dividida ao meio, um lado é diferente do outro)

B – bordas irregulares

C – cores diferentes (duas cores ou mais – marrom, preto, azul, branco e vermelho, normalmente)

D – diâmetro maior que 6 mm

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E – evolução da pinta (se ela cresceu ou mudou de cor, por exemplo)

 

Além do ABCDE, um alerta que Luciana e Vanessa dão é sobre sintomas físicos que venham com uma pinta ou uma sarda. Coçou? Ardeu? Doeu? Sangrou? Não espere, não, mulher: corra a uma dermatologista para ver o que é isso. Só no consultório médico poderá ser verificado se é um caso maligno ou não.

Young woman’s back being examined at a dermatologists
(dnberty/ThinkStock)

No consultório da dermatologista

Então você desconfiou que algo não estava muito bem e foi à dermatologista. Ótimo! Sua pinta ou sarda será examinada para concluir se ela é do bem ou do mal.

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“Realizamos a dermatoscopia, que é um exame na pinta ou na sarda com um aparelho chamado dermatoscópio. Ele consegue identificar estruturas que podem sugerir se ela é benigna ou maligna”, explica Vanessa. Luciana nos dá uma imagem mental do que é esse exame: “É uma lente de aumento que colocamos diretamente sobre a lesão”.

Caso haja suspeita de algo maligno (câncer de pele ou melanoma), é feita uma biópsia. “É retirado todo o sinal e enviado ao laboratório para análise. Depois de duas ou três semanas, chega o resultado e são definidas as condutas necessárias para tratar a lesão”, conta Luciana.

 

Em qualquer parte do corpo

Embora sejam mais comuns nas áreas expostas ao sol, as pintas e sardas podem surgir em qualquer parte do corpo. E, quanto mais improvável a localização delas, maior o alerta. “Quando estiverem em regiões como axilas, área genital, nádegas, palmas das mãos e plantas dos pés, merecem mais atenção, principalmente se forem recentes”, adverte Luciana.

Até sob as unhas elas podem aparecer! Se isso ocorrer e seu primeiro impulso for cobrir tudo com esmalte, pense duas vezes. “Isso faz essas pintas terem um pior prognóstico quando se tratam de um melanoma”, afirma Vanessa.

O conselho de Vanessa é que nós “decoremos” quais são e onde estão nossas pintas: “O autoexame físico é muito importante, olhar-se no espelho e saber se há alguma modificação em uma pinta, se apareceu uma pinta nova. Daí já dá para saber que deve procurar ajuda. Quanto mais cedo um melanoma for diagnosticado, mais chances de cura a pessoa tem”.

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