A vacina experimental contra Covid-19 desenvolvida pela americana Pfizer se mostrou com 90% de eficácia, segundo dados preliminares divulgados hoje pela empresa em conjunto com a empresa BioNTech, da Alemanha.
É a primeira vez que empresas farmacêuticas apresentam dados de sucesso de uma vacina contra o novo coronavírus a partir de ensaio clínico em larga escala, já na fase 3, em que se mede a segurança e a eficácia de uma vacina.
A imunização contra o vírus foi atingida sete dias depois da aplicação de duas doses da vacina, ministradas com intervalo de 28 dias, entre uma e outra. Não se sabe ainda, porém, por quanto tempo, a vacina proporciona a proteção.
De acordo com, a empresa são 43.538 participantes nos testes da vacina, nos Estados Unidos, Brasil e mais 4 países. Desses, 38.955 já haviam recebido uma segunda dose da vacina até o dia 8 de novembro. Se a eficácia é de 90%, isso significa que entre as pessoas vacinadas, 9 a cada 10 não ficaram doentes.
A Pfizer analisou os dados depois de 94 participantes terem Covid-19, mas não informou quantas dessas 94 pessoas tinham tomado a vacina experimental e quais tomaram placebo, ou seja, uma substância inativa.
Os dados ainda não foram revisados por cientistas, nem divulgados em publicação médica. A Pfizer diz que isso será feito assim que forem apresentados todos os resultados do estudo.
Se a vacina for autorizada, a expectativa das duas empresas é fornecer 50 milhões de doses em todo mundo ainda neste ano e até 1,3 bilhão no ano que vem. As empresas esperam obter a autorização para aplicação emergencial da vacina nos Estados Unidos, ainda neste em novembro.
Nos últimos dias, outra notícia animadora foi a da descoberta de um spray nasal que bloqueia o contágio pelo novo coronavírus.