Minha história de amamentação: Maria Emília Dinat, mãe de três
Em apoio ao Agosto Dourado e à Semana Mundial do Aleitamento Materno, mães compartilham suas experiências de amamentação
Na semana em que mães do mundo todo se mobilizam para lembrar da importância e dos benefícios do aleitamento materno e que, no Brasil, o mês é inteiramente dedicado à conscientização sobre o tema, CLAUDIA traz depoimentos diários de mães da vida real.
Maria Emília Dinat, 32, é fotógrafa, mãe de Joaquim, 6, Amelie, 4, e Iolanda, de um ano. A caçula desmamou há pouco. Entre os muitos afazeres de mãe de três, que não conta com baba ou outro tipo de ajuda externa diária, Maria compartilha na Internet as dores e delícias do dia a dia materno, em relatos e imagens muito sensíveis, mas principalmente realistas.
“Amamentar foi uma das coisas mais difíceis que já fiz. A parte complicada além da dor, foi o medo de não conseguir. Os vários “se” me atormentavam. E se eu não conseguir? E se eu não tiver leite o suficiente? E se eu não aguentar? Mas nada como um dia após o outro. Chorando, eu falava para meus filhos ( usei o plural porque amamentei 3 vezes e todas as vezes me questionei do mesmo jeito) : “se a mamãe não conseguir, isso não quer dizer que não amo vocês do fundo do meu osso”. Eu sabia que eles precisavam do que eu tinha no peito. Leite e sinceridade. Em todas as vezes eu tive o bico do meu peito mutilado. Em todas as vezes eu escutei que era culpa minha. Em todas as vezes eu não desisti. Seguimos firmes e fortes, com dor, com sangue, com amor. As vezes pensava que era melhor eu dar uma fórmula, viver sem tanto sacrifício, que já tinha feito minha parte. E no mesmo segundo que era tomada por esses pensamentos, eu olhava meu bebê com aquele olhar penetrante que te faz colocar o mundo nas costas e dar um jeito pra tudo. Eu sou capaz, meu corpo é capaz. Firmes e fortes, seguimos juntos, em livre demanda por vários e vários meses. Amamentar cura, acalma, nutri. Amamentar foi uma das coisas mais difíceis que já fiz, mas faria tudo de novo, mil vezes se fosse preciso.”
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