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Manter o couro cabeludo hidratado é importante para a saúde; saiba por que

Principalmente no inverno, a pele que fica sob os cabelos pode apresentar doenças se estiver ressecada

Por Raquel Drehmer
Atualizado em 16 jan 2020, 12h23 - Publicado em 28 jun 2018, 21h26
Rear view of a woman washing her hair (stockbyte/ThinkStock)
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Todo mundo quer ter cabelos bonitos e bem tratados, mas nem sempre a preocupação se estende à região em que os fios nascem: o couro cabeludo. Pois deveria. A pele que fica sob os cabelos é sensível e pode ser acometida por doenças dermatológicas se não receber os cuidados necessários.

Banho muito quente: vilão contra a saúde do couro cabeludo

Assim como o rosto e o restante do corpo, o couro cabeludo possui um manto hidrolipídico que atua como uma proteção natural da pele. Composto por óleo, água e gás, ele mantém o equilíbrio e a saúde da região.

Banhos muito quentes – acima de 37°C – colocam isso em risco.

Externamente, o problema é que, aliada ao uso de xampus (detergentes), a água em temperatura muito alta aos poucos dissolve o manto hidrolipídico, diminui a barreira que a natureza nos deu e resseca a pele, favorecendo a contaminação e as agressões por fungos e bactérias.

De dentro para fora, ocorrem o efeito rebote (ao perceber que está perdendo a oleosidade natural muito rapidamente, o organismo produz ainda mais óleo, deixando o couro cabeludo ensebado) e processos inflamatórios locais (acima de 37°, o corpo entende que existe uma inflamação e/ou infecção).

Doenças que podem acometer a pele do couro cabeludo

No couro cabeludo, a combinação dos fatores externos e internos pode levar principalmente a duas doenças: dermatite seborreica (caspa)psoríase.

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Mais chamada de caspa no dia a dia, a dermatite seborreica você conhece: ela causa aquele efeito de ~flocos de neve~ super desagradável, que deixa a raiz dos cabelos salpicada de pontinhos brancos, além de uma coceira que pode ser insuportável. A doença resulta do processo inflamatório e do excesso de oleosidade do couro cabeludo (lembra do efeito rebote?) e não é contagiosa.

Já a psoríase também vem do processo inflamatório, mas é um pouco mais grave: causa vermelhidão, irritações e descamação intensa do couro cabeludo, mais grossa que a caspa. Em casos mais avançados e não tratados, o couro cabeludo chega a ficar com feridas.

Como evitar e tratar as doenças na pele do couro cabeludo?

O primeiro passo é simples: diminuir a temperatura da água do banho para 37°C ou menos. Isso impedirá o ressecamento da pele, os processos inflamatórios e o efeito rebote.

Também é preciso ficar atenta aos produtos que você usa para cuidar dos cabelos. Xampus, condicionadores e cremes de tratamento devem sempre ser adequados ao seu tipo de cabelo. Se você tiver dúvida sobre qual é o seu, não marque bobeira: marque um horário em uma dermatologista para matar essa charada.

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Produtos low poo e no poo, que possuem menos sulfatos na composição, também são uma boa pedida. Você pode usá-los uma vez por semana para agredir menos o couro cabeludo. E, em casos de dermatite seborreica, os xampus anticaspa são indispensáveis.

Para recuperar a pele que já esteja danificada, os melhores amigos do couro cabeludo são os óleos essenciais de alecrim e de lavanda. Eles são estimulantes, revigorantes e tratam a dermatite e as descamações sem engordurar o couro cabeludo.

Óleo essencial de lavanda ajuda a tratar o couro cabeludo lesionado
Óleo essencial de lavanda ajuda a tratar o couro cabeludo lesionado (Almaje/ThinkStock)

Princípios ativos que beneficiam a saúde do couro cabeludo

Outro ponto importante para manter ou recuperar a saúde da pele do couro cabeludo é escolher os produtos com os princípios ativos mais poderosos para a região. Procure nos rótulos os componentes indicados pelas especialistas:

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Jaborandi atua especialmente nos bulbos capilares;

D pantenol – acelera a nutrição, a hidratação e a regeneração da pele do couro cabeludo;

Vitamina B6 – controla a oleosidade do couro cabeludo;

Zinco – combate a ação de bactérias;

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Biotina (vitamina B7, B8 ou H) – regula as lesões da pele e colabora com o metabolismo para a reposição celular;

Ácido salicílico – anti-inflamatório que ajuda a acabar com as descamações;

Vitamina B5 – melhora a resistência da raiz dos fios; e

Alantoina – regenera, hidrata e acalma a pele do couro cabeludo.

Fontes: Adriana Cairo (médica dermatologista preceptora da residência em dermatologia do Complexo Hospitalar Heliópolis e dona da clínica que leva seu nome na cidade de São Paulo), Ana Carina Bertin Junqueira (médica dermatologista especializada em tricologia – a área da medicina que trata de pelos e cabelos – pela Universidade de Minnesota, EUA) e Seomara Catalano (médica dermatologista e coordenadora da pós-graduação em dermatologia das Faculdades BWS)

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