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Hantavirose: a doença que provocou um surto fatal e preocupa a Argentina

Ao que tudo indica, o contágio, que geralmente se dá por meio de roedores, aconteceu entre pessoas em uma festa de aniversário.

Por Daniella Grinbergas
Atualizado em 16 jan 2020, 02h33 - Publicado em 15 jan 2019, 10h02
A Brown Rat (Rattus norvegicus) searching around on the ground for food. (GettyImages/Sandra Standbridge/Reprodução)
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A hantavirose, doença viral transmitida por roedores silvestres, tem diversos casos registrados na América do Sul. Mas o que deixou a Argentina em estado de atenção foi um surto fatal de dezembro pra cá: o país contabilizou 28 casos e 10 mortes pela doença. E tudo ficou ainda mais preocupante com a suspeita de que os infectados teriam contraído a doença de outras pessoas, em uma festa de aniversário.

O alerta veio com o alto número de casos no mesmo local e ao mesmo tempo. Tudo aconteceu na Patagônia, na província de Chubut, provavelmente em uma festa. A suspeita é de que uma pessoa teve contato com o vírus por meio de fezes ou urina de um roedor e, infectada, transmitiu a doença aos convidados. As autoridades de saúde afirmaram que é raro, mas possível que o contágio entre humanos aconteça somente nos primeiros dias.

A primeira vítima fatal foi a própria aniversariante, dez dias após a festa, além de outros seis convidados. No início de janeiro, outras três pessoas morreram em localidade próxima. 50 convidados estão em casa, em quarentena.

O que os especialistas avaliam é se hantavírus pode ser disseminado pelo vapor da nossa saliva, o que facilitaria o contágio. Porém, as autoridades pedem calma e querem evitar o pânico.

Os sintomas da doença são febre, dores musculares, abdominais e de cabeça, calafrios, náuseas e diarreia. Mas o que parece simples pode se agravar em alguns dias, evoluindo para dificuldades respiratórias e culminando com a síndrome cardiopulmonar por hantavírus. A Organização Mundial da Saúde calcula que a taxa de mortalidade da doença chegue a 38%.

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