10 dicas para facilitar a introdução alimentar dos seus filhos
Confira como apresentar alimentos ao bebê para combiná-los à amamentação
A introdução alimentar é todo alimento oferecido ao bebê além do leite materno (ou do substituto a ele). Para falar sobre o assunto, a nutricionista Tatiana De Vuono conversou com a diretora de arte e colunista de maternidade de CLAUDIA Roberta D’Albuquerque em live exibido na última quarta-feira (14) em nossa página no Facebook.
Entre as dicas oferecidas por Tatiana sobre a introdução alimentar, a nutricionista chama atenção para o fato de que este processo inicia-se logo na gestação e não a partir dos seis meses de vida do bebê.
“A comida consumida pela mãe na gravidez passa pelo líquido amniótico e, consequentemente, o bebê tem contato com ela. Quando a criança a experimenta na boca, ela lembra do sabor dela da época a gestação.”
1. Legumes e frutas são ótimos para a introdução alimentar
É possível começar o processo tanto com frutas quanto com legumes.
Caso os legumes sejam os escolhidos, o ideal é oferecê-los em refeições complexas, como o almoço e o jantar.
Se a fruta for o alimento optado, prefira a ingerida em abundância pela mãe na gestação. “Porque a criança lembra do sabor”, lembra Tatiana.
2. Evite suquinhos de frutas
A fruta transformada em suco apresenta baixa concentração de fibra, o que leva ao aumento de taxas de açúcar no alimento. “A criança deixa de consumir fibra e aumenta sua glicemia”, diz Tatiana.
3. Incentive a mastigação
Ao oferecer frutas ao bebê, amasse-as com a ajuda de um garfo mas mantenha pedaços delas na porção. “A criança precisa mastigar. O movimento de mastigação é um movimento que aprendemos. O de deglutição, a criança conhece da amamentação.”
4. Evite sal
O sal deve ser evitado no primeiro ano de vida. “A recomendação é que a criança consuma 350mg de sódio por dia. Os alimentos já tem quantidade de sódio suficiente para atingir este limite.”
5. Evite temperos fortes
Alguns temperos mascaram o sabor real dos alimentos. A sugestão é temperar a comida do bebê com ervas básicas e leves, como o alecrim, o tomilho e o coentro e evitar os fortes, como pimenta, curry, noz-moscada, no primeiro ano de vida da criança.
6. Ofereça água a criança
Quando iniciada a introdução alimentar, é preciso oferecer água a criança ao longo da refeição. Se ela não tiver vontade de bebê-la, deixe um copo cheio com o líquido sempre à mostra para ele matar a sede e adequar a hidratação ao nível da amamentação.
7. Não determine quantidade de alimento ao bebê
Cada organismo é de um jeito e o melhor é testar o quanto o seu bebê está disposto a se alimentar. “Tenho pacientes que comem um pratão na refeição e outros que comem pouquinho. E ambos conseguem ganhar peso cresce e se desenvolver. A criança determina a quantidade que ela quer comer; os pais, a qualidade do alimento.”
8. Não desista de um alimento para o bebê na primeira rejeição
Durante o primeiro ano de vida do bebê, seu corpo passa por muitas transformações – como nascimento de dentes – e isso dificulta-o a ser receptivo aos alimentos. “É importante ter paciência e observar. Depois da primeira tentativa, ofereça o alimento novamente em 15 dias. Cinco, seis vezes são bons números para saber se ele não gosta do alimento.”
Uma alternativa para inserir o alimento desejado na dieta do bebê é apresentá-lo em diferentes preparações. “Se não gosta de banana, prepare-a com aveia, no bolo de banana, banana chips.”
9. Não esconda um alimento em outro
Quem nunca escondeu uma verdura no meio da carne quando o filho rejeitou o ingrediente da comida? Para Tatiana, a ideia não é a melhor para introduzir alimentos a dieta do bebê. “Comer é o exercício de provar a textura do alimento. Ao escondê-lo, o bebê não o come.”
10. Não remova o alimento por completo do prato do bebê caso seja rejeitado
Mesmo que o bebê não seja receptivo a determinado alimento, mantenha-o no prato da criança durante a refeição. “Quanto maior o contato com o alimento, maior a chance da criança aderi-la a dieta.”