É possível praticar atividade física e viver de forma mais saudável mesmo no agito do dia a dia? Para provar que sim, eu aceitei o desafio da Mizuno e estou participando do #ProjetoCorrida. Comecei a treinar com a assessoria esportiva Run&Fun e prometi dividir meus avanços e conquistas aqui no portal da revista CLAUDIA. Acompanhe!
“Quando contei para alguns amigos que iria começar a correr no início de junho, ouvi inúmeros conselhos. Mas o que mais repetiam era: “cuidado com o joelho”. Só entendi a preocupação depois de conversar com o fisioterapeuta Fabio Bessa, da clínica CareClub. Segundo ele, grande parte das lesões em corredores se origina na região que envolve quadris, tronco e abdome. Por isso é muito importante corrigir erros de postura, além de fortalecer os músculos. Se há um desequilíbrio muscular ou uma instabilidade na postura, por exemplo – já que o corpo é todo interligado -, o atleta compensa nos joelhos … é daí que vem os (famosos) problemas na região.
Para reduzir o risco de lesões durante meus treinos, faço uma sessão de reeducação funcional com o Fábio por semana. Esse acompanhamento profissional está sendo muito importante para eu entender, principalmente, meu corpo e limites. Na primeira consulta, que aconteceu no final de junho, o Fábio me filmou correndo. Depois, ele exibiu cenas congeladas para explicar meus problemas e montar um cronograma de exercícios que podem me ajudar a corrigí-los. Fiquei um pouco preocupada e pensei até mesmo que não nasci para correr. Mas depois de ouvir a explicação, entendi que esses “erros” de postura ou pisada são mais comuns do que imaginamos.
Entre os pontos, esses são os que preciso melhorar na minha corrida:
1. Rotação do tronco excessiva na fase aérea da corrida. “Considerando que a cada metro você tem 1 fase aérea, você faria essa movimento de rotação excessiva de tronco 1.000x a cada quilometro (km). Isso aumenta o gasto energético e aumenta o risco de lesão e dores na coluna”, afirmou o Fabío enquanto me mostrava as imagens.
2. Oscilação vertical do centro de massa. Traduzindo, isso significa que estou indo para cima e para baixo demais. Quanto menor esse movimento, melhor a economia de corrida (ou seja, a corrida fica mais eficiente!). Isso também pode acarretar em sobrecarga da panturrilha e dores no joelho. É como se eu fizesse pequenos agachamentos a cada passo.
3. Overstride! O Fábio explicou que o meu pé costuma tocar o chão bem à frente do resto do meu corpo. Isso faz com que eu afunde (flexione suas articulações do membro inferior) na sequência e então aumenta oscilação vertical. Uma das coisas que favorecem minha passada mais aberta é a posição do meu tronco mais ereto. Entendi que se ele ficar levemente mais inclinado à frente, eu consigo aumentar a quantidade de passos por minuto (cadência) e melhoro nesse ponto.
4. Sustentação em cima de um apoio (uma perna). Esse é o principal desafio do meu corpo, vencer a força da gravidade que me puxa para o chão com meu peso em cima de um perna. Na foto foi possível ver que, assim que meu pé toca o chão e descarrego o peso do meu corpo em cima do apoio, minha pelve (bacia) tende a cair para o lado e meu membro inferior desalinha para dentro. Esse desalinhamento pode sobrecarregar o joelho, canela, quadril e pé. Meu maior desafio é treinar esse apoio num alinhamento melhor e em diversas velocidades. Não é um treino de força e sim de ativação muscular.
Durante os exercícios, o Fábio repete diferentes comandos, como: “Endireite os quadris, contraia o abdome, não vire o joelho, não afunde!” e “Cresce, cresce!!!!”. Toda vez que ele fala isso, inclusive, eu imagino um força puxando meu corpo pra cima.
Depois de algumas sessões já senti a diferença: melhorei minha cadência, consigo “pisar e sair” com mais velocidade, o desvio da pelve também diminuiu e passei a corrigir a minha postura o tempo todo – principalmente no trabalho. Sem dúvida, correr não é tão simples como parece. Mas os benefícios da atividade são tantos… que vale a pena se dedicar!”
Acompanhe meu diário por aqui: #ProjetoCorrida