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Análise preliminar da vacina de Oxford aponta eficácia de 70% a 90%

O resultado é "intrigante" para o líder dos estudos em Oxford. Entenda por que os dados preliminares do teste pegaram a todos de surpresa

Por Da Redação
23 nov 2020, 13h00
Coronavírus
Entenda a vacinação com o imunizante bivalente.  ((Foto: Malte Mueller)/Getty Images)
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A vacina da Universidade de Oxford contra a Covid-19, produzida em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, alcançou entre 70% e 90% de eficácia, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (23). Esse resultado é referente a análises preliminares da fase 3 de testes. 

Os 23.272 voluntários do teste foram divididos em dois grupos, que receberam doses diferentes do imunizante ou placebo. No primeiro grupo, foi aplicada uma dose inicial baixa, que corresponde à metade da dose total. Depois de 30 dias, essas pessoas receberam a dose completa. A eficácia de 90% foi atingida dessa forma, segundo a Oxford e a AstraZeneca.

O segundo grupo, por sua vez, recebeu as duas doses completas – também com intervalo de 30 dias. Nelas, a eficácia foi de somente 62%. Com isso, a média de eficácia dos dois grupos é de 70%.

O fato de que uma maior eficácia foi constatada no grupo com dose mais baixa é algo que intriga os pesquisadores. “Esses 90% são um resultado intrigante. Acho que é um resultado realmente empolgante e intrigante que precisamos aprofundar mais”, disse Andrew Pollard, diretor do Grupo de Vacinas de Oxford e líder dos estudos, à BBC.

Para além dos dados sobre a eficácia, os pesquisadores dizem que nenhum efeito colateral grave foi reportado e que nenhum paciente imunizado desenvolveu quadros graves da doença. Hospitalizações também não foram reportadas entre os voluntários que receberam a vacina em vez de placebo. Mesmo assim, ainda não se sabe se a fórmula previne contra a infecção em si ou se apenas impede que a doença se desenvolva no organismo.

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A AstraZeneca informou que pedirá aprovação emergencial ou condicional da vacina em todos os países onde os testes clínicos estão sendo desenvolvidos. Também deve contatar a Organização Mundial da Saúde (OMS), a fim de acelerar a disponibilização do imunizante em países economicamente desfavorecidos. 

No Brasil, o Ministério da Saúde visa produzir até 100 milhões de doses, através da Fiocruz. São esperadas 15 milhões de doses até o final de 2020 e o restante deve estar disponível no ano que vem.

Na semana passada, a Pfizer e a BioNTech anunciaram que sua vacina alcançou 95% de eficácia. É um resultado mais promissor, mas essa é uma vacina mais cara do que a da Oxford/AstraZeneca. A princípio, o imunizante da Pfizer precisa ser armazenado a 70ºC negativos, enquanto o da concorrente pode ficar em geladeiras de 2ºC a 8ºC por até seis meses. 

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