Aleitamento materno cresce no Brasil, indica estudo do Ministério da Saúde
Segundo dados coletados pela pesquisa, 53% das crianças brasileiras continuam sendo amamentadas no primeiro ano de vida
Um estudo divulgado esta semana pelo Ministério da Saúde aponta que os índices de aleitamento materno estão aumentando no Brasil. Apesar de preliminares, os dados coletados pelo Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani), indicam que 53% das crianças brasileiras continuam sendo amamentadas no primeiro ano de vida.
Ao todo, foram avaliadas 14.505 crianças menores de cinco anos entre o período de fevereiro de 2019 e março deste ano. Entre as crianças menores de seis meses, 45,7% se alimentavam exclusivamente de leite materno. Em comparação com índices da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS), realizada em 2006, houve um aumento na prevalência do aleitamento exclusivo de 15 e 8,6 vezes entre os menores de 4 e 6 meses, respectivamente.
Os resultados também foram comparados com dados da PNDS de 1986 e, em relação ao indicador de aleitamento materno continuado até os 24 meses de idade da criança, foi registrado um aumento de 22,7 vez em relação ao primeiro ano de vida e de 23,5 em menores de dois anos.
“A amamentação não só melhora o vínculo entre a mãe e o bebê, como também reforça o vínculo familiar, quando tem o apoio do pai e da família. A amamentação se traduz na diminuição da mortalidade infantil, na diminuição da mortalidade por diversas doenças e no aumento da expectativa de vida”, declarou Raphael Parente, secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde.
Encomendado pelo Ministério e apoiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e as coordenações das Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Universidade Federal Fluminense (UFF), o estudo tem como objetivo atualizar os indicadores nacionais relacionados ao estado nutricional, consumo alimentar e carências nutricionais infantis. Também servirá como subsídio de políticas públicas da pasta.