Uma segunda mutação do coronavírus na versão B. 1.1.7 no Reino Unido preocupa o governo do país. Apelidada de Erick, a variante E484K tem o poder de facilitar a entrada da infecção nas células humanas, como as outras mutações identificadas na África do Sul, no próprio Reino Unido e também no Brasil.
Mas há uma caraterística identificada que torna essa mutação mais perigosa do que as outras: a possibilidade de redução da eficácia das vacinas, segundo os pesquisadores e também a de tornar menos eficientes dos tratamentos com anticorpos. Foi com esse tratamento, por exemplo, que o ex-presidente Donald Trump foi tratado.
O risco do tratamento com anticorpos não funcionar também preocupa porque pode aumentar as chances de reinfecção. A preocupação do governo britânico é justamente que a estratégia de imunização da população do país não funcione para conter o avanço do vírus.
A mutação encontrada na África do Sul está também sob investigação para que se descubra o quão eficaz serão as vacinas para bloqueá-la. Testes realizados Novavax e pela Johnson & Johnson mostraram que seus imunizantes foram menos eficazes por lá, em comparação com o Reino Unido ou os EUA. Daí a preocupação em relação ao poder da mutação no Reino Unido, já que há semelhanças à cepa africana.
Não há no entanto, nenhuma avaliação já feita em relação à eficácia das vacinas Oxford/AstraZeneca, Pfizer ou Moderna em bloquear a ação dessa mutação, nem da nova variante do Reino Unido.