Além de uma grande rede social, o Facebook também é uma plataforma usada pelos sites de notícias para facilitar o contato com o público. No entanto, a última atualização do aplicativo fez com que seu algorítimo mudasse, alterando a sequência de postagens que aparece no seu feed. Essa mudança fez com que a plataforma deixasse de ser uma grande transmissora de notícias.
Com a mudança e a força que o WhatsApp vem ganhando entre os usuários, é possível perceber um movimento de migração de uma plataforma para a outra quando se busca onde ler notícias. As pessoas, de forma geral, tem preferido e confiado mais nas notícias que circulam no aplicativo de mensagens do que na rede social.
De tempos em tempos o algorítimo de diversas redes sociais muda, visando atender às demandas dos usuários. Mas o novo formato do Facebook faz com que você não consiga ver mais as norícias primeiro. Logo que abre o plicativo, as primeiras coisas que vê são as postagens dos seus amigos e da sua família. E isso acontece porque os desenvolvedores da marca quiseram assim.
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Essa escolha diminuiu muito a quantidade de cliques em páginas que divulgam notícias, levando algumas a pararem completamente sua movimentação. A Folha de São Paulo, por exemplo, deixou de alimentar seu perfil logo no começo do ano. Em um contexto geral, o novo algorítimo reduziu a visibilidade do jornalismo na plataforma.
Dessa forma, o Facebook deixou de ser um dos principais sites consultados quando se procura por notícias verdadeiras (é válido lembrar que nem tudo que circula na plataforma é, de fato, real; a melhor saída é sempre confiar em perfis de jornais com credibilidade).
A pesquisa feita pelo instituto Instituto Reuters para o Estudo do Jornalismo (Reuters Institute), antes mesmo da mudança do algorítimo, confirma a redução de usuários que visitam o Facebook para se atualizar das notícias recentes. Foram ouvidas 74 mil pessoas, de 37 países.
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Dentre os resultados encontrados, foi possível analisar que o uso do Facebook para ler notícias caiu 9% entre o público adulto e 20% entre os jovens, em relação a 2017. Quanto às outras plataformas, apenas 23% dos entrevistados confiam nas notícias lidas em redes sociais, sendo que 34% confiam nos mecanismos usuais de busca.
Grande parte dessa desconfiança vêm da preocupação que os usuários têm com privacidade, fake news e debates agressivos na rede. Mais da metade dos entrevistados (54%) disse que desconfia da veracidade do que lê na internet.
Essa desconfiança é bem maior em países como Brasil (85%), Espanha (69%) e Estados Unidos (64%), onde as discussões e situações políticas são muito comuns nas mídias sociais.
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Como consequência desse movimento de abandono das redes sociais como fonte de notícia, o número de pessoas que pagam por notícias completas e de confiança on-line cresceu em vários países. As notificações por e-mail e por celular, como as news-letter, estão ajudando a criar maior lealdade dos leitores.
A pesquisa também mostrou que o uso do WhatsApp como fonte de notícias triplicou nos EUA, em apenas quatro anos, além de ter aumentado ainda mais em países como Malásia (54%) e Turquia (30%). Isso se deve ao fato desses países apresentarem perigo aos que expressam opiniões políticas em redes abertas.
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