Um menino de apenas dois anos caiu, no dia 13, em um poço de 100 metros de profundidade, em Totalán, no sul da Espanha. Segundo a Faculdade de Engenharia de Minas do Sul, infelizmente, o resgate deve durar dias.
O pequeno Julen brincava no terreno perto de onde seus pais almoçavam quando caiu no buraco de 25 centímetros diâmetro, com entre 100 e 110 metros de extensão.
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Até a manhã do dia 14, só era possível localizar um saco de guloseimas que o menino carregava, segundo María Gámez, a subdelegada do governo, que deu um depoimento à emissora Antena 3.
Na tentativa de rastrear o menino, bombeiros inseriram uma sonda com câmera no buraco, mas não conseguiram progredir além dos 73 metros, por causa da terra presente na profundidade.
Segundo o jornal El País, o poço não tem nenhum revestimento nas paredes. A umidade do terreno provoca deslizamento de terra, dificultando ainda mais as ações tomadas pelo resgate.
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Devido à complexidade do caso, as autoridades decidiram abordar uma nova maneira de resgate no último dia 15. “Continua caindo material. A zona é fria. Definitivamente, não é fácil continuar rastreando”, afirmou a subdelegada, quando comentou sobre a dificuldade a ser enfrentada.
As equipes de resgate passaram, então, a cavar um túnel horizontal para chegar ao poço (que fica em uma zona elevada) em linha reta.
O pai de Julen, José Roselló, contou às autoridades que testemunhou o instante em que o filho caiu. Segundo ele, a família está “se agarrando à esperança de que ele não esteja morto”.
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O poço, que serve para a prospecção de água (método usado para verificar a existência de água ou poços artesianos no subsolo), pode conter uma cavidade com ar, usada para a exploração. Segundo Ángel García, da Faculdade de Engenharia de Caminhos de Málaga, há ventilação dentro do buraco, gerada por essa cavidade.
No dia 17, a equipe de resgate decidiu por ampliar as possibilidades e fazer dois túneis verticais, um de cada lado do poço, não apenas um.
Juan López-Escobar, representante da Faculdade de Engenharia de Minas do Sul em Málaga, afirmou à imprensa que nunca viu uma situação “tão no limite” como a de Julen.
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Para o resgate, foram chamadas equipes do norte da Espanha especializadas em minas e um grupo sueco. Eles participaram do incrível resgate dos mineiros de uma caverna no Chile, em 2010.
Infelizmente, a situação de desespero não foi a única pela qual a família de Julen já passou. Segundo o El País, que ouviu vizinhos da família, eles testemunharam outra tragédia há menos de dois anos.
Enquanto caminhavam em uma praia, o pequeno filho, Óliver, teve um infarto súbito e acabou não resistindo. Segundo as testemunhas, a morte do garoto de três anos foi um “divisor de águas” para os pais.
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