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“Transtorno alimentar não é futilidade”

A cineasta Paula Kim superou a anorexia e quer ajudar jovens que sofrem da doença

Por Ana Paula Orlandi (colaboradora)
Atualizado em 28 out 2016, 02h24 - Publicado em 23 dez 2015, 07h15
João Bertholini
João Bertholini (/)
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A paulistana Paula Kim, 31 anos, já enfrentou um problema que hoje afeta cerca de 4% da população mundial, sobretudo mulheres jovens, de acordo com a Organização Mundial da Saúde: no início da adolescência, ela provou as agruras de uma anorexia nervosa. “Era vítima de bullying na escola por ser estudiosa e gordinha”, conta. “Achei que, se emagrecesse, melhoraria a relação com meus colegas, mas a coisa saiu do controle e perder peso virou obsessão.” Na época com 1,58 metro de altura e 54 quilos, Paula passou a comer menos e a se exercitar além da conta. Os pais perceberam algo de errado quando ela chegou aos 34 quilos e ficou debilitada fisicamente. “Um médico recomendou que eu fosse internada, mas minha família se uniu e passou a monitorar minha alimentação.”

Paula recuperou a saúde. Mais tarde, se formou em cinema pela Universidade de São Paulo e fez pós-graduação na Coreia do Sul, terra natal dos pais. “Quando voltei ao Brasil, em 2010, quis entender melhor aquele período sombrio da minha vida.” Durante a pesquisa para um documentário sobre o tema, ela conversou com vítimas de transtornos alimentares e muitas delas lhe contaram que tinham descoberto que estavam doentes por meio da internet. “Fui então investigar o tipo de informação a que tinham acesso na rede. Encontrei sites médicos com linguagem técnica e blogs onde as meninas trocavam dicas para perder peso e postavam fotos dos corpos magros para se ‘inspirar’. Faltava um canal em que a informação fosse passada de forma responsável, mas de um jeito acessível e carinhoso para atrair o público jovem.” Assim nasceu a ideia do Sobre Nossa Visão Distorcida, plataforma que reúne site, blog e redes sociais para divulgar vídeos, relatos de vítimas do distúrbio, além de artigos de profissionais como o psiquiatra Táki Cordás, coordenador do Ambulatório de Bulimia e Transtornos Alimentares do Hospital das Clínicas, em São Paulo. Paralelamente, a cineasta acalenta o sonho de viabilizar a produção de Diário de Viagem, longa de ficção sobre uma adolescente com anorexia. Neste ano, o roteiro participou de uma oficina do Festival de Cannes, que pela primeira vez selecionou um projeto brasileiro. “Quero muito contar essa história para ajudar a quebrar o tabu que ainda cerca o tema.”

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