Com ketchup?
Karen Couto, 42 anos, chef
Foi por acaso, em uma noite de chuva muito forte, que a chef descobriu “a melhor pizza do Brasil”, feita na Ferro e Farinha (R. Andrade Pertence, 42D, Catete). Comandada por um nova-iorquino nissei, a pizzaria é pequena e os clientes podem ver de perto a produção das massas artesanais do cardápio, que muda periodicamente. Já no Leblon, Karen indica o restaurante de culinária espanhola e portuguesa El Gordo (Av. General San Martin, 1219, tel. 21 3079 9581). “Está ali a única tortilla de batatas bem-feita na cidade: molhadinha por dentro, crocante por fora e muito saborosa.”
Na outra direção
Carol Rabello, 32 anos, criadora do site zonanorteetc.com.br
Apesar de mais famosa, a Zona Sul é pequena se comparada à Norte – cultural e territorialmente falando. Moradora do Méier, ali, Carol adora a carta de cervejas importadas e o hambúrguer de cordeiro do Wenceslau Bar (R. Silva Rabelo, 61, tel. 21 3174 6614). “O local oferece até consultoria para achar a bebida que melhor se adapta ao seu paladar.” Para passear ao ar livre, ela indica o Parque Madureira (R. Soares Caldeira, 115). “É perfeito para se exercitar, andar de skate e até tomar chope nos quiosques”, diz.
Estrelado
Luiz André Alzer, 44 anos, JORNALISTA, e Bruno Drummond, 42 anos, cartunista
Durante a pesquisa para o Meu Livro do Rio (Objetiva, 23 reais), Alzer descobriu a Capela de Nossa Senhora da Cabeça, no Jardim Botânico (R. Faro, 80). Construída entre 1603 e 1607, ela é a mais antiga da cidade, com arquitetura original preservada e vista para a Lagoa Rodrigo de Freitas. Se quiser ver as estrelas, Drummond, outro autor do guia, avisa que, dentro da Cidade das Crianças (Rod. Mário Covas – BR 101, km 1), em Santa Cruz, há um planetário. “Só conhecia o da Gávea, mais famoso, mas esse tem uma tecnologia mais moderna”, diz.
Noite quente
Clarisse Miranda, 40 anos, atriz e produtora de eventos
Nem só de boates e quadras de escola de samba se faz a vida noturna carioca. Que tal dançar no alto da comunidade de Tavares Bastos, no Catete? Toda primeira sexta-feira do mês, o hostel The Maze Inn (R. Tavares Bastos, 414, tel. 21 2558 5547) promove uma noite de jazz com direito a ótimos drinques e vista panorâmica para a Baía de Guanabara e o Pão de Açúcar. Se estiver com as amigas, pare no restaurante Entretapas (R. Conde de Irajá, 115, Botafogo, tel. 21 2537 0673). “O lugar tem mesas grandes, para dez pessoas, e sangrias, de vinho branco ou tinto, divinas. As cavas (vinho espumante espanhol) também são muito boas”, recomenda.
Ferveção cultural
Carolina Herszenhut, 35 anos, estilista e empresária
Carol é uma das produtoras de O Cluster, evento gratuito que escolhe charmosos casarões antigos como cenário para reunir moda, arte, design, música e gastronomia. Ótimo para descobrir novas marcas e ter contato com designers e produtores locais. Fora da Zona Sul, é na região central que fica a antiga fábrica da Bhering (R. Orestes, 28, Santo Cristo, tel. 21 2213 0014), atualmente ocupada por lojas de moda e decoração, brechós, ateliês de arte e gastronomia. “Vale conhecer o espaço da carioca Velt, loja-conceito que tem desde objetos para casa até roupas minimalistas”, diz.
Ao ar livre
Natasha Cerqueira, 32 anos, funcionária pública
Apaixonada por surfe, Natasha define a praia da Barra da Tijuca como um dos melhores pontos da orla para a prática do esporte. Iniciantes podem pedir ajuda ao Wahine Surf (contato pelo e-mail wahinesurfbr@gmail.com), escola especializada no público feminino. “Sempre tive medo de onda e, se eles conseguiram me ensinar a surfar, qualquer uma pode aprender”, ri. Já o stand-up paddle, que ela também adora, não fica restrito às praias. Ela recomenda as águas calmas do Canal do Mangue, na Barra de Guaratiba, Zona Oeste do Rio. “Se quiser ver o Rio de cima, vá até a Pedra Bonita, em São Conrado”, diz. É de lá que partem os voos de asa-delta e parapente.