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Reportagem publicada em CLAUDIA conquista prêmio de Direitos Humanos

A jornalista Thais Lazzeri retratou as histórias de transexuais vítimas de tráfico e exploração sexual

Por Colaborou: Gabriela Teixeira
Atualizado em 17 fev 2020, 11h06 - Publicado em 6 dez 2019, 18h31
mulheres trans
Ribeirao Preto, SP, 04.05.19 23h Avenida Brasil. Mulheres transexuais são aliciadas e levadas para trabalhar como prostitutas em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. (REVISTA CLAUDIA) (Marcus Leoni/CLAUDIA)
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A reportagem “Resgatadas do Inferno“, feita por Thais Lazzeri e publicada na edição de junho de CLAUDIA, foi uma das grandes vencedoras da 36ª edição do Prêmio de Direitos Humanos de Jornalismo promovido pelo Movimento de Justiça e dos Direitos Humanos (MJDH) e pela Caixa de Assistência dos Advogados do Rio Grande do Sul.

Conquistando o segundo lugar do prêmio na categoria Reportagem, a matéria de junho de 2019 revela os horrores sofridos por mulheres transexuais vítimas de tráfico e exploração sexual, e também seus recomeços após serem resgatadas. “Eu e o fotógrafo [Marcus Leoni] fomos até o interior de São Paulo atrás de uma denúncia de mulheres sendo exploradas sexualmente. O que encontramos lá foi exatamente o que as entrevistadas contaram, um sistema organizado de exploração com olheiros, cafetinas”, conta Thais. “Acompanhamos o trabalho dessas mulheres durante a noite e, às vezes até de manhã, porque muitas não conseguem pagar a diária das casas e precisam continuar até ter o dinheiro”.

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Para a jornalista, é uma grande felicidade ser premiada por uma reportagem ligada ao seu propósito de vida, que é jogar luz em histórias que não podem ser esquecidas. Mas este não foi o único retorno que Thais teve. “Recebi uma mensagem emocionante de uma leitora dizendo que, pela primeira vez, ela entendeu a realidade dessas mulheres. Um retorno desses é o melhor que um jornalista pode esperar. Mostra que estamos cumprindo nosso papel social”.

E acrescenta: “Estamos vivendo um momento delicado no Brasil, um momento de redução de direitos. Então dar voz a essas histórias, fazer o outro refletir sobre um problema que é nosso como sociedade, é uma grande oportunidade. Me sinto muito feliz por ter tido essa chance e pelo espaço que CLAUDIA deu a essas histórias.”

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Com o tema Futuro Ameaçado – A mortandade de abelhas, o prêmio visa estimular o trabalho de jornalistas na denúncia de violações e na vigilância ao respeito dos Direitos Humanos. A cerimônia de entrega será na próxima terça-feira (10), na sede da OAB gaúcha em Porto Alegre.

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