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Conheça Rebeca Andrade, a ginasta medalha de prata nas Olimpíadas

A atleta de apenas 22 anos ganhou medalha de prata na disputa individual da ginástica artística

Por Sarah Catherine Seles
Atualizado em 29 jul 2021, 11h24 - Publicado em 29 jul 2021, 10h00
Rebeca Andrade na apresentação da trave
Rebeca Andrade na apresentação da trave (Instagram/@rebecarandrade/Reprodução)
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Rebeca Andrade é ginasta desde pequena e hoje, aos 22 anos, ganhou a medalha de prata na disputa individual da ginástica nas Olimpíadas de Tóquio.

No último domingo (25), a atleta se classificou para três finais. Na disputa individual, ficou atrás apenas de Simone Biles , que optou por não dar sequência à competição para proteger sua estabilidade emocional. 

Com a medalha de prata no peito, Rebeca ainda tem mais duas disputas para encarar. A final do salto será neste domingo (1º), às 5h45 (pelo horário de Brasilia). Já a final do solo acontece na próxima segunda-feira (2), no mesmo horário.

O destaque das classificatórias foi uma apresentação solo de Rebeca, que, embalada pela música Baile de Favela, funk de MC João, rendeu o quarto lugar com apenas um décimo de diferença do primeiro lugar, que foi ocupado pela italiana Vanessa Ferrari.

Rebeca levou o funk paulista para um ginásio do outro lado do mundo. A cultura musical brasileira, misturada com a música clássica de Sebastian Bach, conduziu os movimentos da ginasta que elevou a atleta ao nível da americana Simone Biles.

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“Fiquei feliz com a minha série. Posso melhorar algumas chegadas, mas trazer a cultura do funk para o outro lado do mundo foi incrível. No Pan [de Lima, em 2019], vi o tanto de gente que me assistia e torcia para mim. Acho que a gente está passando um momento tão difícil que um pinguinho de felicidade faz diferença”, contou Rebeca em entrevista a Uol.

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O desempenho da ginasta é resultado de sua trajetória, que começou no projeto social Iniciação Esportiva, da Prefeitura de Guarulhos. Somando três cirurgias no joelho e diversos obstáculos, como a falta de dinheiro para a ida aos treinos, por exemplo, ela ultrapassou os desafios ao longo da carreira no esporte até chegar em Tóquio, sua segunda Olimpíada. 

A gente treina bastante para dar nosso melhor em poucos minutos, que é o que duram nossas séries. Nessa coisa de pandemia foi muito complicado. A gente ficou muito tempo em casa, sabendo que vinha um ano tão importante, tão esperado. Então estar aqui é uma alegria enorme”, afirmou Rebeca em entrevista ao Globo Esporte.

Nascida e criada em Guarulhos, em São Paulo, a ginasta sempre contou com o apoio de sua família. Antes mesmo de amanhecer, sua mãe, a dona Rosa, saia para o trabalho de empregada doméstica, enquanto seus irmãos mais velhos cuidavam dos mais novos e da casa. Um deles levava Rebeca aos treinos todos os dias antes de ir trabalhar.

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E pensar que muitos me criticaram na época, porque logo aos 9 anos ela foi morar fora, foi se dedicar aos treinos. Diziam: ‘Você é doida de deixar sua filha ir embora’. Mas eu tive a sabedoria e a mente aberta para deixá-la seguir seus sonhos. Eu deixei que ela voasse atrás de um objetivo. Deixando também claro que se não desse certo, as portas de casa sempre estariam abertas para ela. Hoje eu vejo que agi certo, por ter ouvido o meu coração”, afirmou Rosa em entrevista a Uol.

Todo suporte familiar não impediu que as inseguranças tomassem conta em alguns momentos, mas dona Rosa sempre a acalmava. “Sempre procurei saber da Rebeca o que a incomodava. Sempre incentivei meus filhos a por os problemas para fora. A expor o que sentiam. E com a Rebeca não foi diferente”, contou.

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A pressão do esporte não abalou somente uma estrutura física da atleta, como também sua saúde mental. O tema está sendo discutido nas Olimpíadas de Tóquio, principalmente após a saída de Simone Biles das finais da ginástica para cuidar da mente.

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