O estilista francês Pierre Cardin morreu aos 98 anos nesta terça-feira (29) em Paris. A morte foi confirmada pela família à Agência France Presse e também pelo perfil oficial do Twitter da Academia de Belas-Artes de Paris. A causa da morte não foi divulgada.
“Dia de grande tristeza para toda a nossa família, Pierre Cardin já não está. O grande costureiro que foi, atravessou o século, deixando à França e ao mundo uma herança artística única na moda, mas não apenas isso”, escreveu a família em um comunicado. “Todos temos orgulho da sua ambição tenaz e da ousadia que demonstrou ao longo da vida.”
Nascido “Pietro” Cardin, o estilista nasceu em San Biagio di Callalta, na Itália, no dia 2 de julho de 1922, e posteriormente naturalizado francês. Ele foi um dos responsáveis pela retomada da alta costura na França pós-guerra e ícone do “prêt-à-porter” – que significa “pronto a vestir”, expressão criada pelo estilista francês J.C. Weil, no final de 1949, e que libertou as confecções da imagem ruim associada ao dia a dia, ampliando o campo de ação em todo o mundo e crescendo diante da decadência da alta-costura. Também introduziu grandes tendências da moda, como as coleções exclusivamente masculinas e as peças unissex.
“Moda não é suficiente”, disse Cardin certa vez a Eugenia Sheppard, colunista e crítica de moda norte-americana. “Eu não quero ser apenas um designer.” Cardin realmente nunca foi apenas isso. Ele vestia os famosos – artistas, políticos, formadores de opinião e membros da alta burguesia – mas também era um comerciante para as massas com uma marca internacional, seu nome afixado em uma torrente de produtos, de relógios a lençóis.
No auge da marca nas décadas de 1970 e 80, seus produtos eram vendidos em cerca de 100 mil pontos de venda em todo o mundo, embora esse número tenha diminuído drasticamente nas décadas posteriores.
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