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Médico é investigado pelo MP após denúncias de pacientes por abuso sexual

A primeira denúncia contra Abib Maldaun Neto foi feita em 2012, mas o próprio funcionário do Cremesp falou à vítima: "Agora, não acontece nada"

Por Da Redação
Atualizado em 29 set 2020, 21h41 - Publicado em 29 set 2020, 20h57
 (Reprodução/YouTube)
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O nutrólogo Abib Maldaun Neto é investigado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) após denúncias de abuso sexual contra 21 pacientes, motivadas por um relato exibido no Fantástico e GloboNews no dia 20 de setembro.

Com os relatos, Maldaun, que é conhecido por atender pessoas famosas em seu consultório no Jardins, em São Paulo, teve seu registro médico suspenso pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp).

Em nota para a Agência Brasil, o órgão afirmou que “a suspensão é válida por seis meses, podendo ser renovada por igual período e, neste prazo, o registro profissional do médico ficará suspenso em todo o território nacional”.

Os abusos praticados pelo médico aconteceram dentro do seu consultório durante as consultas. Com isso, o assediador reponde a processos ético-profissionais no Cremesp. Na Justiça, o caso corre em sigilo.

Ao Fantástico, a primeira vítima relatou o descaso com que o caso foi tratado. “Eu achei que seria mais levada a sério. O pior argumento foi o que ouvi de um funcionário do Cremesp: Agora, não acontece nada, pois é sua palavra contra a dele, mas ele vai fazer novamente e, aí sim, o conselho vai tomar previdências”, comentou a paciente, que sofreu os abusos e fez a denúncia em 2012.

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O caso foi aberto novamente em 2014, após uma nova vítima expor as atitudes do médico. O Ministério Público precisou intervir para que a denúncia não fosse rejeitada. Em 2018, Maldaun Neto foi condenado por violação sexual.

Para a agência de notícias, a defesa de Maldaun Neto declarou que o réu irá recorrer. Leia, abaixo, o posicionamento do médico:

“Mantenho a consciência tranquila, pois em décadas arduamente dedicadas à medicina jamais pratiquei qualquer ato imoral ou ilegal contra qualquer paciente ou cidadão. Sempre atuei de forma ética, integra e profissional zelando pela dignidade da honrosa profissão a qual dedico a minha vida, por esta razão sempre colaborei com o processo, comparecendo em todos os atos e me colocando à disposição da justiça a fim de que a verdade real dos fatos seja devidamente comprovada”, diz a nota no médico divulgada na página de seu consultório.

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