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Ex-funcionárias da NFL exigem retorno sobre acusações de assédio

Melanie Coburn e Ana Nunez entregaram uma carta pedindo os resultados da investigação de 10 meses sobre uma “cultura sexista e misógina” na equipe

Por Da Redação
28 out 2021, 17h35
assédio
 (Palmiro Domingues/Getty Images)
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Duas ex-funcionárias do Washington Football Team, time da Liga dos Estados Unidos de Futebol Americano, exigiram, por meio de uma carta, que a NFL tornasse públicas as conclusões de suas investigações sobre as denúncias de má conduta da equipe no local de trabalho.

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Na última terça-feira (26), Melanie Coburn, uma ex-líder de torcida e diretora de marketing, e Ana Nunez, que trabalhava com vendas, entregaram uma carta de duas páginas pedindo ao Grupo de Trabalho de Justiça Social de cinco membros da liga que divulgasse os resultados da investigação de 10 meses sobre a “cultura sexista e misógina” da equipe. O grupo é formado por cinco donos de equipe. A exigência foi feita através de uma carta ao chegarem ao hotel New York Barclay, em Manhattan. Na ocasião, a NFL realizava sua primeira reunião presencial com os proprietários da equipe desde dezembro de 2019.

No documento, elas criticaram a NFL por “varrer as descobertas da investigação para debaixo do tapete”. A investigação de assédio do time Washington Football Team já perdura por 10 meses.

“Enquanto seu grupo de trabalho foi formado para tratar de questões de justiça racial na liga, vocês também têm a capacidade de buscar justiça para centenas de mulheres e homens, como nós, que corajosamente nos apresentamos para compartilhar histórias de assédio e abuso que experimentamos enquanto funcionários da WFT. Não se deve permitir que a NFL encoraje funcionários a se apresentarem, correndo grande risco pessoal e profissional, para falar com os investigadores, apenas para varrer os resultados dessa investigação para baixo do tapete”, dizia um trecho da carta.

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Em julho deste ano, a NFL multou o Washington Football Team em 10 milhões de dólares (o equivalente a 56 milhões de reais). Outros casos já vêm sendo investigados há um ano e as vítimas alegam assédio por parte dos gestores e executivos do time. Entretanto, a liga não divulgou os resultados da investigação, liderada por Beth Wilkinson, uma advogada de Washington, que foi convidada a entregar seu relatório oralmente. Sua apresentação serviu de base para a decisão da liga sobre como penalizar o time.

O apelo para que a liga divulgue publicamente as descobertas da investigação veio após os jornais The New York Times e The Wall Street Journal publicarem, no início de outubro, e-mails internos escritos e recebidos por Bruce Allen, um ex-presidente do time de Washington. O conteúdo das mensagens traz linguajar racista, homofóbico, misógino e fotos de animadoras de torcida de topless.

Sem uma contabilidade transparente da má conduta encontrada na investigação, Coburn e Nunez, junto com 10 outros signatários da carta, afirmaram acreditar que a falta de informações sobre os crimes cometidos pelos colaboradores do time deixa em dúvida se a punição recebida condiz com a grandiosidade dos delitos feitos.

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Allen foi demitido em dezembro de 2019. O relato de sua comunicação com Jon Gruden, treinador do Las Vegas Raiders, o levou a renunciar ao cargo em 11 de outubro.

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