Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Morre psicanalista que combateu preconceitos contra a homossexualidade

Por meio de seus estudos, Richard C. Friedman demonstrou que a orientação sexual humana está ligada à biologia e não é uma doença.

Por Da Redação
4 Maio 2020, 17h56
Richard Friedman
 (Sue Matorin/Reprodução)
Continua após publicidade

Morreu no último dia 31 de março o Dr. Richard C. Friedman, psicanalista responsável por desmistificar a equivocada ideia de que a homossexualidade era uma doença capaz de ser curada. Aos 79 anos, ele sofria de diversos problemas de saúde, incluindo doenças cardíacas e metabólicas, segundo informou sua esposa, a assistente social Susan Matorin, ao New York Times nesta segunda-feira (4). A causa da morte, contudo, não foi divulgada.

Publicado em 1988, o livro de Friedman Male Homosexuality: A Contemporary Psychoanalytic Perspective (Homossexualidade masculina: uma perspectiva psicanalítica contemporânea, em tradução livre) demonstrou que, ao contrário do que acreditavam analistas que seguiam as teorias freudianas, a homossexualidade não era uma patologia, mas sim que, como qualquer orientação sexual, tem natureza biológica. Àquela altura, há 15 anos a Associação Americana de Psiquiatria já havia deixado de classificar a homossexualidade como uma doença, mas muitos psicanalistas continuavam a considerá-la uma “perversão” e propagar que era possível curá-la.

Através de estudos de gêmeos idênticos e teorias da psicologia do desenvolvimento, ele apresentou um trabalho acadêmico que apontava ser a biologia e não a educação a desempenhar um papel mais determinante na orientação sexual. Sua teoria levou à criação de um modelo em que pacientes e especialistas passaram a assumir que a homossexualidade era simplesmente intrínseca ao ser humano. “Considerando que ele era um novato, foi corajoso de sua parte desafiar os especialistas mais velhos”, declarou o professor Jack Drescher, colega de Friedman. “Ele tinha uma convicção e não tinha medo de ninguém.”

Além de seus estudos sobre a sexualidade humana, Friedman também se dedicou a tratar traumas de jovens soldados que haviam estado na Guerra do Vietnã. Trabalhando em um centro médico, ele também foi capaz de provar a importância do sono para um melhor rendimento da performance dos estudantes residentes, o que ajudou a mudar a maneira como as escolas de medicina treinavam seus profissionais em formação.

Continua após a publicidade

Em tempos de isolamento, não se cobre tanto a ser produtiva:

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!

Receba mensalmente Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições
digitais e acervos nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.

a partir de 10,99/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.