Mônica Calazans, a enfermeira que ficou conhecida em todo o país por ser a primeira brasileira vacinada contra o coronavírus no final de janeiro, revelou em entrevista ao Profissão Repórter, que foi alvo de ataques nas redes sociais.
De acordo com a enfermeira, os ataques por meio de mensagens e comentários foram algo “sem necessidade” e em sua maioria eram de cunho racista.
“Me atacaram sem me conhecer. Uma pessoa disse que se os macacos continuarem a ser vacinados, não vai sobrar vacina para os humanos”, contou a enfermeira, em conversa com a repórter Danielle Zampollo, responsável pela reportagem, minutos antes de receber a segunda dose da vacina contra o coronavírus.
Em coletiva de imprensa convocada pelo governo logo após receber a segunda dose da vacina , Mônica também se referiu a comentários e mensagens de pessoas apontando que sua participação não passava de uma atuação.
“Tenho muito orgulho da minha profissão. Então, só quero deixar claro que eu não sou atriz. Eu sou enfermeira. Eu acho que em um momento com tantas mortes, não existe atuação teatral. É uma realidade que todos nós estamos vivendo. Foram mais de 200 mil mortes. Não dá para atuar em uma situação dessa”, disse Mônica.
Apesar dos ataques racistas, Mônica contou que a melhor parte de ter sido selecionada para ser a primeira vacinada foi reconhecimento e as mensagens de carinho e apoio foram algo gratificante.