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Mãe é proibida de ver filho e denuncia pai e Justiça por racismo étnico

"Me incriminam por ser naturalista, mas é minha cultura", disse a paraguaia Patricia Garcia

Por Ana Carolina Pinheiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
6 set 2020, 16h15 • Atualizado em 7 set 2020, 15h58
 (Reprodução/Instagram)
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  • Nascida no Paraguai, Patrícia Garcia vive um pesadelo no Brasil, que foi agravado no último mês. A mulher teve seu filho retirado do seu convívio por conta de uma ação movida pelo pai do bebê, que a acusa de maltrato contra Sama. Patricia segue a religião Hare Krishna, que não permite consumo de alimentos de origem animal, escolha que a mãe também implementou à alimentação do filho. Mesmo com laudos médicos comprovando o bom estado de saúde de Sama, que está em fase de amamentação, a Justiça retirou o filho de Patrícia, que passou a viver com o pai.

    Para não deixar Sama sem alimento, a mãe retira o leite por meio de uma máquina diariamente e o leva até o portão da casa em que o filho está morando. A entrega é feita sem contato, e Patrícia está há 25 dias longe dele. “Era pro meu bebê estar mamando no colo. Ele e eu temos esse direito. Não é nem algo desumano, mas sim inatural. Se essa é natural, deveria ser inviolável”, desabafou em um vídeo no Instagram com a cantora e atriz Janamô.

     

    O pai de Sama é brasileiro e professor na Universidade Federal da Integração Latino-Americana, em Foz do Iguaçu, onde Patrícia conquistou uma vaga no mestrado em educação. Os dois se conheceram nessa condição e deram início a um relacionamento. Durante a gestação, os abusos psicólogos, morais e patrimoniais se intensificaram, fazendo com que Patrícia pedisse o divórcio e medidas protetivas contra o ex-marido. Desde então, a experiência da maternidade se tornou uma jornada solo para ela. 

    Ainda em relato na rede social, Patricia contou que a ordem de busca que recebeu continha informações falsas e racistas. “No documento, dizia que não tinha feito pré-natal, sendo que tinha e apresentei todas as documentações e exames, mas simplesmente não ouviram e omitiram isso. Além disso, afirmavam que o bebê sofreu vários riscos por ter nascido no Paraguai em uma aldeia indígena”, comentou a mãe sobre o início do caso, que segue em segredo de Justiça.

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    “Por ser imigrante, por ter tido um parto de forma natural, sem violência, estão me incriminando. Por minha alimentação e crenças, querem apagar meu ser. Isso é uma espécie de tortura psicológica”, disse Patrícia, enquanto ordenhava. “Estão me julgando por ser naturalista, mas eu não conheço outra vida, cresci e fui criada assim. É uma aculturação ainda, porque me comunico com ele em Guarani”.

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