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Estudante é humilhada após menstruar e comete suicídio

Uma professora a teria chamado de suja por causa de mancha de sangue no uniforme

Por Da Redação
Atualizado em 17 fev 2020, 13h24 - Publicado em 17 set 2019, 15h20
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  • Uma adolescente teria se suicidado após ser humilhada pela professora por causa de uma mancha de sangue menstrual no uniforme. O caso ocorreu no último dia 6, em Bomet, condado do Quênia.

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    Jackline Chepngeno, de 14 anos, assistia uma aula na escola primária de Kabiangek quando foi surpreendida pela chegada da menarca, sua primeira menstruação. Dada a inexperiência no assunto, a garota ficou confusa e inquieta após perceber que o uniforme estava manchado pelo sangue. Foi quando a professora, percebendo como a menina se comportava, quis saber o que estava acontecendo.

    Para a surpresa de Jackline, ao ouvir o motivo da agitação, a professora a humilhou diante de toda a turma. Segundo Beatrice Koech, mãe da garota, a mulher a teria chamado de suja e expulsado a garota da classe. “Ela [Jackline] não tinha nada que pudesse usar como absorvente. Quando o sangue manchou as roupas, mandaram que ela saísse da sala e ficasse do lado de fora”, contou a mulher ao jornal queniano Daily Nation.

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    Envergonhada, a adolescente voltou para casa, onde relatou o ocorrido para a mãe. Pouco depois, ela foi encontrada morta, tendo se enforcado com uma peça de roupa. Os pais registraram o caso na polícia, mas alegam que nada foi feito desde então. Na terça-feira (10), um grupo de 200 pessoas se reuniu diante da escola para protestar contra o fato da professora ainda não ter sido interrogada pelos investigadores. Eles derrubaram o portão da instituição, que decidiu cancelar as aulas do dia. Ao todo, cinco pessoas foram detidas.

    No dia 11, a parlamentar Esther M. Passaris publicou no Twitter uma foto com outras deputadas quenianas, repudiando o episódio. Apesar de uma lei de 2017 determinar o fornecimento gratuito de absorventes nas escolas, o projeto ainda está em fase de implementação. Segundo dados revelados pela ONU em 2014, uma em cada dez meninas na África Subsariana deixam de ir às aulas quando estão menstruadas.

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