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Carey Mulligan: “O mundo seria mais justo se fosse governado igualitariamente”

A atriz é a estrela do filme As Sufragistas, que trata da luta das inglesas pelo direito ao voto no início do século 20. Chega aos cinemas no próximo dia 24

Por Redação CLAUDIA
Atualizado em 28 out 2016, 13h13 - Publicado em 16 dez 2015, 10h05
Getty Images
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É difícil não associar as manifestações de rua do longa As Sufragistas com as passeatas femininas que tomaram algumas cidades do Brasil no último mês. Embora aqui se brigasse contra a ingerência do Congresso sobre o corpo da mulher e lá a luta fosse pelo direito (básico) ao voto, é a voz feminina que ecoa dos dois cenários. “Nós nos surpreendemos e nos inspiramos na força dessas mulheres”, declarou a protagonista, Carey Mulligan. No filme da diretora Sarah Gravon, que se passa no começo do século 20, a lavadeira Maud Watts é uma jovem sem instrução que sofre exploração física, psicológica e até sexual por parte de seu supervisor no trabalho. Seu marido finge não ver os abusos por temer perder o emprego, na mesma fábrica. “A opressão torna-se insuportável, e Maud, apesar de todos os contras e ameaças, vê no movimento sufragista, senão uma saída, uma reação”, explicou Carey, na estreia europeia do filme.

Ao entrar para o movimento, Maud é expulsa de casa pelo parceiro e perde a guarda do filho. “Ela vai ao extremo e encara as consequências, pois aqueles eram tempos que exigiam atitudes extremas como as daquelas mulheres”, disse a atriz, que posou para fotos com o cartaz da campanha “50:50 Parliament”, que pleiteia igualdade no número de homens e mulheres no parlamento britânico. “Acredito que o mundo seria mais justo se fosse governado igualitariamente – e ainda estamos muito longe disso. Precisamos terminar o que as sufragistas começaram”, bradou a inglesa, de 30 anos. O longa tem ainda Meryl Streep no papel da líder Emmeline Pankhurst. “Trabalhar com ela foi um sonho. Aprendi muito e tenho ainda mais orgulho de me declarar feminista depois desse papel.” 

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