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Candidatas do Prêmio CLAUDIA na categoria Negócios respondem os leitores do Instagram

Finalistas falam sobre maternidade e trabalho, turismo sustentável e mulheres em cargos de chefia. Conheça o trabalho de Mariana Alves Madureira, Carla Renata Sarni e Cristina Junqueira

Por Redação CLAUDIA
Atualizado em 12 abr 2024, 15h28 - Publicado em 1 ago 2016, 09h39
Pablo Saborido
Pablo Saborido (/)
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As candidatas do Prêmio CLAUDIA respondem os seguidores do Instagram @claudiaonline. Nesta rodada de perguntas, Mariana Alves Madureira, criadora do projeto Raízes, conta um pouco da experiência em desenvolver o turismo em diferentes regiões do Brasil, Carla Renata Sarni, criadora do consultório odontológico com preços populares, Sorridents, revela como concilia a carreira de administradora e maternidade e Cristina Junqueira, uma das fundadoras do cartão de crédito Nubank explica os desafios em ser uma mulher em um ambiente dominado por homens. 

Confira as respostas e o trabalho das finalistas:

Pablo Saborido
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Recém-formada, Mariana Alves Madureira tinha o desejo de ter um negócio que não fosse só lucrativo, mas que também ajudasse a melhorar a vida das pessoas. Assim nasceu a Raízes, empresa que ajuda a desenvolver o potencial turístico de comunidades brasileiras, fortalecendo a economia local. Seus projetos se baseiam em organizar e empoderar os cidadãos, estimulando o artesanato, a gastronomia e aproveitando a paisagem natural de forma sustentável, possibilitando roteiros turísticos com uma rica experiência cultural.

Conheça o trabalho de Mariana e dê o seu voto!

@mauditelephants: Achei muito interessante o seu projeto para estimular o turismo em regiões pobres. Como você identifica as regiões e como é a interação com os povos? Poderia contar qual foi a região mais marcante que você visitou?

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Mariana Alves Madureira: No nosso trabalho, temos o privilégio de conhecer lugares e pessoas encantadores e muito peculiares. Alguns são escolhidos por nós quase como um chamado como o Vale do Jequitinhonha, por exemplo. Definimos que queríamos fazer um trabalho de impacto na região economicamente mais pobre e culturalmente mais rica de Minas. A maior parte dos destinos dos projetos é escolhida pelos clientes e parceiros que nos convidam para esses trabalhos – que acolhemos com muita alegria. E tem também surpresas gratas em que somos escolhidas pela comunidade, como na Guarda do Embaú, em Santa Catarina, que o desenho do projeto foi contratado pela própria comunidade e pago por uma vaquinha entre os moradores.
Me encanto muito com as regiões em que desenvolvemos projetos. Em termos de beleza, o baixo São Francisco, divisa de Alagoas e Sergipe deixou marcas. Rio Grande do Norte deixou muitos aprendizados. E os projetos em Minas Gerais, que foram muitos e ainda rodam alguns, tem gosto de lar. Volto sempre, amo muito!

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Pablo Saborido
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Motivada por desafios, Cristina Junqueira aliou sua experiência no mercado financeiro com a tecnologia para criar uma nova experiência mais simples e transparente para os usuários de cartão de crédito. Ela é uma das fundadoras do Nubank, cartão com tarifas reduzidas, sem anuidade, independente de banco. Conta com um aplicativo para o celular através do qual é possível realizar todas as transações, como alteração da data de cobrança da fatura, do limite de crédito ou acompanhamento imediato de gastos. Em apenas três anos, a empresa já recebeu mais de US$ 100 milhões em investimentos estrangeiros e cerca de 400 mil pessoas aguardam na fila de espera para obter o cartão.

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Conheça o trabalho de Cristina e dê o seu voto!

@stefaniedamazio: Parabéns por essa ideia inovadora, Cris! Você já ocupou cargos muito altos. Alguma vez já sofreu preconceito por ser mulher?

Cristina Junqueira: Stephanie, obrigada pela mensagem! Apesar de hoje já existir algumas referências de mulheres ocupando altos cargos de liderança nas empresas, posso dizer por experiência própria que esse ainda é um caminho muito difícil de seguir. Eu sempre fui uma das poucas, se não a única mulher em todos os times por onde passei, e certamente isso faz as coisas ainda mais difíceis. Em geral, não estamos falando de atitudes explicitamente preconceituosas, embora eu já tenha presenciado situações bem constrangedoras que poderiam ser facilmente qualificadas como assédio moral ou mesmo sexual. Lembro bem de um diretor que me recomendou a “da próxima vez contratar um homem” quando o procurei para discutir como compensar o impacto na minha equipe do período de licença maternidade de uma funcionária.

Porém, na maioria das vezes, essas barreiras se manifestam de maneiras muito sutis, com mulheres e homens sendo avaliados e consequentemente promovidos com base em critérios distintos. Inúmeros estudos de renomados pesquisadores já demonstraram como mulheres são normalmente preteridas versus candidatos do sexo masculino com as mesmas qualificações, e como habilidades de liderança trazem associações negativas para a percepção da competência de executivas do sexo feminino. Mulheres bem-sucedidas são consideradas mais agressivas e individualistas quando comparadas com homens que possuem os mesmos comportamentos, o que não é difícil de entender quando somos percebidas como dominando uma conversa quando estão falando apenas 30% do tempo. É preciso muita resiliência e muita paciência para continuar em frente e mostrar que embora comuns, esses preconceitos não deveriam existir. Mas é o que espero que todas as mulheres continuem fazendo para podermos conquistar cada vez mais esse merecido espaço.

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Pablo Saborido
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Após se formar em odontologia, Carla Renata Sarni se deparou com a dura realidade das classes mais baixas, que não dispunham de tratamento de qualidade a preços acessíveis. A dentista, que atendeu gratuitamente as famílias desfavorecidas durante a faculdade, juntou então suas economias e abriu na periferia de São Paulo o primeiro consultório do que viria a ser a Sorridents, uma rede com 203 clínicas que oferecem tratamento com preços em média 50% mais baratos do que outros consultórios com estrutura semelhante. Ela ainda conta com um consultório móvel que leva atendimento gratuito à comunidades carentes.

Conheça o trabalho de Carla e dê o seu voto!

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@thariane: Oi, Carla. Parabéns pelo seu trabalho e pela indicação no Prêmio CLAUDIA. Gostaria de saber como você concilia a sua carreira bem sucedida com os cuidados e a educação dos filhos?

Carla Sarni: Eu me considero uma mãe exigente mesmo não tendo quantidade de tempo para ficar com os meus filhos, eu não deixo de fazer as cobranças que acho necessária para a educação deles. Talvez seja o meu maior desafio. Tive a sorte de ter um marido que participa bastante da educação deles. 

Acredito muito na qualidade e não na quantidade. Como eu tenho pouco tempo, eu tenho que fazer tudo com a maior qualidade possível. Então, quando eu estou com eles, eu estou 100% focada. Toda vez que eu tenho um tempo disponível eu uso esse tempo para eles. Para educação, para me envolver nos estudos dos meus filhos. Sempre que posso estou próxima e mesmo quando estou distante eu telefone e troco mensagens. 
Eu tenho dois filhos homens e eu trabalho bastante para formar os valores deles. Isso eu acho que é a coisa mais importante para mim e é o maior legado que eu posso deixar para eles. O quanto custa ganhar, não desperdiçar, não gastar mais do que ganha. Respeitar as pessoas mais velhas, dar valor em cada conquista. E assim eu mostro o que é certo e o que é errado. E sempre digo para eles que sempre que fazemos uma escolha, renunciamos algo por aquela escolha. 

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