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Bebê vive com ‘2 corações’ enquanto espera transplante

Lorena, de um ano, tem instalado dois aparelhos que fazem função cardíaca

Por Pamela Malva Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
10 mar 2018, 22h04
 (@lorenaguerreira2017/Instagram)
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Com apenas seis dias de vida, a pequena Lorena, nascida em Maceió (AL), já estava voltando ao hospital de emergência, porque sua mãe havia notado que ela estava com a respiração ofegante. Depois de exames de Raio-x, descobriu-se que seu coração era bem maior do que o esperado. Depois de ficar um mês internada e sem nenhum diagnóstico, os pais da menina foram aconselhados a procurar o Incor.

A bebê viajou, com os pais, uma distância de quase 2,5 mil quilômetros até São Paulo. Assim que chegou, foi levada direto até o hospital que é referência em tratamentos cardíacos no Brasil. O Incor é responsável por mais de 40% das cirurgias de transplante de coração no estado de São Paulo.

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Os novos exames feitos apontaram que Lorena sofre de miocardiopatia dilatada, uma doença congênita que limita o coração a apenas 11% de sua capacidade total de funcionamento. O médico Luiz Fernando Caneo, cirurgião da Unidade Cirúrgica de Cardiopatias Congênitas do Incor, afirmou que a menina estava com disfunção nos dois ventrículos, as câmaras responsáveis por movimentar o sangue no coração, tanto o direito quanto o esquerdo.

Com a gravidade do quadro de Lorena, a única saída é o transplante de coração. No entanto, a grande preocupação era como estabilizar a pequena paciente, enquanto ela esperava pela doação. Segundo sua mãe, Larissa Monique Farias da Silva, de 31 anos, foram dados remédios à menina para facilitar a circulação sanguínea, mas a situação era tão crítica que Lorena sofreu um infarto. A parada cardíaca durou 20 minutos, “foi quando o cirurgião disse que ela não ia aguentar esperar até o transplante se não ficasse em uma máquina, que é o Berlin Heart”, disse a mãe.

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O Berlin Heart é um coração artificial – o melhor para crianças com menos de 20 Kg, de acordo com especialistas entrevistados pelo G1. Essa tecnologia faz o trabalho dos ventrículos do coração e é implantada para fora do corpo. No caso da pequena Lorena, foram necessários dois Berlin Hearts, dois corações artificiais. São pequenas bombas que servem para poupar o esforço do coração.

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Por ser um método de implante externo, o Berlin Heart não precisa ser trocado conforme a criança cresce e pode ser usado por mais de um ano. No entanto, a menina de 1 ano não pode sair da UTI do hospital até a data do transplate, já que precisa de acompanhamento médico constante, medicação diária e do maquinário responsável pelo funcionamento dos corações.

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Mesmo com a gravidade da situação, Larissa apenas conseguiu com que sua filha fizesse o implante um dia antes da cirurgia. A tecnologia do Berlin Heart não é comum no Brasil, isso faz com que o plano de saúde demorasse para permitir o implante, o que levou Larissa à justiça. “Nesse meio, em uma semana, eu lutando para conseguir a autorização, ela teve mais quatro paradas. De uma vez”, alega a mãe.

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A menina agora sobrevive com seus dois coraçõezinhos. Foi destubada, começou a receber os alimentos de forma oral e agora interage mais com os pais. Larissa e seu marido, Renato Luciano Torres, 34, que largaram seus trabalhos em Maceió para o tratamento de Lorena, passam dias e noites com sua filha, em uma poltrona ao lado do leito da menina. Enquanto o coração da filha deles não aparece, os pais fazem campanhas de doações de órgãos.

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Recebendo os cuidados e o carinho da médica Filomena Galas e sua equipe a família continua na fila de espera, sonhando com o dia que a pequena Lorena possa receber seu coração. Larissa conhece as dificuldades, mas nunca perde sua esperança: “É difícil aceitar a questão da doação, principalmente em se tratando de criança, uma questão bem delicada. Mas o que eu falaria aos pais [de um doador] é que tivessem a consciência de que doando o órgão de um filho, seja o coração ou outro órgão, vai salvar a vida de outra criança. E ele vai saber que o coração do filho dele está podendo bater no peito de outra criança”.

Você pode acompanhar a trajetória da bebê Lorena através da conta no Instagram criada para ela @lorenaguerreira2017.

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A alagoana mais arretada de Maceió completa hoje 4 meses de internação em São Paulo. ♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥ Todos temos um propósito na vida , e o da Lorena , de todos os transplantados e daqueles que ainda irão fazê-lo é trazer de volta a empatia, a compaixão entre os homens. Pare agora por um minuto e faça uma reflexão : E se fosse alguém que você ama entre as 40mil pessoas na fila da doação de órgãos ? E se fosse você ?… E se fosse você que enfrentasse todos os dias uma rotina cansativa pautada em incansáveis exames e remédios? E se fosse você que dependesse de um "coração " artificial ligado a uma máquina ? Sabemos que não é fácil para a família no momento da dor da perda, é o caminho de alguém que amam que está se encerrando, mas esse fim abre portas para um recomeço. A Lorena espera bravamente a abertura de sua porta 💚 Doe órgãos , ajude vidas! Ame o próximo como a ti mesmo 🙏 #todosjuntospelalorena #umcoracaoparalorena #somostodoslorena

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Hoje completa três meses que estou com um coração artificial batendo fora do meu peito (Berlin Heart). Deus permitiu que fosse implantado este dispositivo para eu conseguir aguardar o meu novo coraçãozinho. Continuo aqui lutando pela vida e aguardando o meu lindo coraçãozinho chegar. Conto com a sua ajuda: Oraçãoes! Divulgação! Eu sou Guerreira e vou vencer!!!! #todosjuntospelalorena #berlinheart #coracaoartificial #transplantedecoracao #somostodoslorena #umcoracaoparalorena #ecmo #vida #children #criancaespecial

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E teve festinha SIM!!!!!! Obrigada a toda equipe Médica, Enfermagem, Fisioterapeutas, Programa Bem Estar, Perfusionistas. @estela_azeka @michelleloretoap @filomena_galas @paulavincenzigaiolla @bemestar @lfcaneo

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