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Apagão cibernético global: entenda o que causou o transtorno

Uma falha no aplicativo de segurança Crowdstrike Falcon afetou uma série de serviços, incluindo bancos, aeroportos e trens

Por Kalel Adolfo
19 jul 2024, 10h56
Apagão cibernético global - entenda o que causou
Atualização na plataforma Falcon, da Crowdstrike, que realiza a segurança de inúmeros sistemas importantes no mundo, gerou transtornos em todo o planeta.  (Pixabay/Reprodução)
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Um apagão cibernético global causou tumulto nas primeiras horas desta sexta-feira (19), fazendo sistemas de bancos, aeroportos, trens e redes de comunicação apresentarem falhas. Ao que tudo indica, o problema foi provocado por uma atualização em um software da empresa Crowdstrike, que trabalha com segurança virtual.

Serviços essenciais, como hospitais, também foram afetados. Na Inglaterra, a National Health Service (NHS), sistema de saúde do país, informou que inúmeros de seus hospitais ficaram sem sistema, ocasionando, inclusive, o cancelamento de duas cirurgias eletivas.

Nos Estados Unidos, serviços de emergência de vários estados também ficaram fora do ar por alguns minutos. A cidade de Washington precisou paralisar completamente o metrô até que a situação fosse solucionada.

O mercado de ações, commodities e câmbio também apresentou falhas, com bolsas afetadas ao redor do planeta.

O que causou o apagão cibernético global

Segundo informações de agências internacionais, o apagão ocorreu devido a uma atualização na plataforma Falcon, da Crowdstrike, que realiza a segurança de inúmeros sistemas importantes no mundo, incluindo a Microsoft.

“Crowdstrike está trabalhando ativamente com seus clientes impactados por um defeito encontrado numa única atualização para servidores Windows. Servidores Mac e Linux não foram afetados. Isso não foi um incidente de segurança nem um ciberataque. O problema foi identificado, isolado, e o processo para consertá-lo está em andamento”, declarou George Kurz, CEO da Crowdstrike.

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Um comunicado emitido pela CrowdStrike também esclareceu a situação. Nele, a companhia apontou que a falha se deu em um software conhecido como sensor “Falcon”, atingindo o Azure, plataforma de computação em nuvem da Microsoft, criada para guardar informações de empresas ao redor do mundo.

O Falcon tem a finalidade de trazer maior segurança para os sistemas como o Azure, ajudando a detectar possíveis invasões hacker. A falha fez com que o Microsoft Windows travasse e exibisse uma tela azul. Consequentemente, os aplicativos da Microsoft Teams, PowerBI e Fabric começaram a apresentar instabilidade.

Microsoft se pronunciou

A Microsoft afirmou, através da rede social X (antigo Twitter), que tomou providências para reduzir o impacto. “Nossos serviços ainda apresentam melhorias contínuas enquanto continuamos a tomar ações de mitigação.”

Por volta das 8h, no horário de Brasília, a companhia declarou que o apagão havia sido corrigido, contudo, “impactos residuais da interrupção cibernética” poderiam continuar afetando alguns aplicativos do Office 365 (plataforma do Windows) e outros serviços.

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